sexta-feira, 30 de março de 2012

O Pacto

Depois de passar por alguma situação difícil de assalto ou depois de assistir a notícias terríveis de violência nos telejornais policiais, que nunca pensou que a melhor forma de tratar estupradores e pedófilos seria um tiro em suas cabeças? Ou para os mais sádicos, antes de matá-los deveriam sentir aquilo que praticaram, um estuprador deveria ser currado por 5 negões e ter o bilau cortado antes da morte. Sei que é errado desejar o mal para outros e que praticando violência nos tornamos aquilo que combatemos, mas na hora não raciocinamos direito e se o bandido aparecesse na nossa frente, precisaria de uns 5 caras pra impedir-nos de esganar o seu pescoço.

O que você faria se alguém entrasse em sua casa e estuprasse sua mãe ou sua mulher. E se um cara aparecesse na sua frente e dissesse que sabe onde o bandido está e se oferece pra pegar o cara e dar um fim nele. Não sei mas acho que a grande maioria diria para este cara que estava autorizado a matar. Esta premissa é sensacional pois pode acontecer com qualquer um de nós.

O filme “O Pacto” conta esta história e começa de modo excelente. Mas depois de certa parte desanda e inicia-se uma seqüência de clichês e absurdos. Têm vários atores conhecidos como O Michael do Lost. Mesmo assim acho que vale a pena pela premissa.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sonho com Pelé

O começo, que é meio nebuloso, é que eu estou em um barco indo a uma ilha isolada, quase selvagem. O barco é como se fosse uma balsa. A ilha não tem civilização. O que eu vi eram apenas algumas casas bem rústicas em um forte daqueles que foram construídos pelos portugueses há séculos atrás. Na embarcação estávamos com um colega de serviço que estava usando muletas e andava com muita dificuldade. Pensei ser algo na perna, mas do jeito que ele se arrastava, podia ser coisa pior.

O lugar em que entramos tinha uma cara de penitenciária do século 17, tipo aquela do filme Pappion. Até tinha uns guardinhas fazendo uma ronda, mas que nunca chegaram a falar conosco. Não lembro como foi a chegada, mas em um dado momento eu me lembro de estar jogando futebol com meu pai, dois meninos genéricos que eu não sei quem eram e o Pelé, que estava usando uma boina branca e uma camisa bege. O terreno era de descida. O Pelé ficava lá em cima, os dois moleques desesperados correndo atrás dele, depois descendo estava eu e mais embaixo era meu pai. O Pelé chutava a bola alto gritando “pega ai”, a bola passava por mim e sempre alcançava meu pai que dava uma cabeçada nela.

Eu estava louco pra tirar uma foto com o Pelé, estava até com a câmera na mão, mas sempre que eu tentava chegar perto pra pedir, ele saia e ia para outro lugar. Depois quando voltara a gente retornava ao jogo de futebol. Novamente o Pelé dava um chutão, passava por todo mundo e encontrava meu pai lá embaixo pronto pra dar uma cabeçada. E a bola não vinha tranqüila não. Vinha bem forte e dava uma porrada na cabeça dele. E ele estava de óculos. Toda vem que dava uma cabeçada, o óculo afundava no rosto. Eu gritei pra ele “Pai, olha o óculos! Melhor tirar”.

Uma hora a bola passou por um muro e caiu do outro lado. Nesta hora o Pelé começou a escalar o muro pra ir do outro lado, mas a altura era muito grande. Ficamos preocupados com ele pois era um senhor de idade e uma queda daquelas com certeza seria fatal. Meu pai chegou a dizer “que maluco”. Mas como o terreno era íngreme, no lugar no qual me encontrava eu estava mais próximo do topo do muro em relação ao Pelé que estava subindo lá de baixo. Eu estava tão próximo do topo que apenas estiquei a mão para localizar a bola e lá estava ela. Descobrimos que depois do muro não tinha outro vale como o nosso. Depois do muro a terra ficava em cima e a bola estava lá. Então peguei de volta.

Nesta hora apareceu uma tia minha, que é chatíssima, ninguém suporta ela na vida real. Ela chegou e entregou um dinheiro pro meu pai dizendo ser o pagamento do que ela devia a ele. Aparentemente ela vivia ali naquela ilha. Meu pai agradeceu, guardou o dinheiro e já me chamou pra ir embora, se dirigindo para a porta de saída. Fiquei surpreso. Primeiro em descobrir que estávamos ali apenas para cobrar uma dívida e que estávamos jogando futebol com o rei apenas para passar o tempo enquanto ela não vinha. Eu queria continuar jogando com ele e fiquei um pouco decepcionado com o fim abrupto, mas concordei e segui meu pai.

Neste momento apareceu aquele colega de serviço, que parou para falar com minha tia. Aparentemente ele estava sentado vendo nossa diversão ou estava recluso em algum lugar do forte. Mas assim que ela chegou ele saiu para falar com ela. Minha tia ficou com dó dele, dizendo “coitadinho”. Perguntou o que tinha ocorrido e ele disse que tinha quebrado a bacia. Surpreendi-me. E até perguntei “Você quebrou a bacia mesmo?” E ele confirmou. Pra mim a bacia era um lugar muito estratégico e se tivesse qualquer problema, não daria pra sair andando, nem com muletas. Ele nem conseguiria se mexer da cama. Mas ali estava ele, andando conosco. Então esse meu colega começou uma explicação de como funcionava a bacia. E de acordo com a sua explicação, minha mente foi formando a imagem na minha cabeça como se fosse um automóvel. Ele dizia que a bacia era importantíssima para a nossa movimentação, que ela ligava uma série de ossos do corpo e que se houvesse uma ruptura, todas as ligações se romperiam e haveria um colapso na movimentação das pernas.

Enquanto ele falava, minha mente imaginou um motor, como se fosse de carro, se movimentando. Quando tem uma ruptura, voa vários parafusos e as engrenagens começam a colidir e se despedaçam. Como se meu sonho dentro do sonho se tornasse realidade, já começamos a dizer que ele teve azar por ter sofrido o acidente num matagal pois os parafusos de sua bacia se perderam na mata e não tiveram como colocar novamente nas engrenagens.

Pena que foi um sonho bem bobo, sem final. Mas era isso. Eu jogando futebol com o Pelé foi o máximo. Foi a única coisa que me lembrei ao acordar. Quando comecei a escrever fui lembrando das outras coisas.

terça-feira, 20 de março de 2012

Corinthians Campeão da Libertadores

Delírio? Não. Playstation? Não. Foi sonho sim. E não no sentido filosófico, com se fosse algo que esperamos conquistar e sim sonho literal.Escrevo este texto após o primeiro jogo entre Cruz Azul e Corinthians realizado no México. O Corinthians jogou muito bem e só não conseguiu a vitória por sorte dos mexicanos e pela má pontaria de nossos jogadores. Enfim, tudo me disse que apesar de não ter um jogador destaque que desequilibra, o time tem um bom conjunto e é muito competitivo. Depois de momentos de aflição no final do jogo, fui dormir.

No meu sonho eu acordava no dia seguinte ao jogo. Mas não era este contra o Cruz Azul. No meu sonho o Corinthians tinha jogado com outro adversário na noite anterior e havia ganhado por uma placar apertado tipo 1x0 ou 2x1 e também tinha passado por vários momentos difíceis durante a partida. Acordei com aquele alívio de vitória conquistada à duras penas. Encontrei-me com meus amigos que estavam eufóricos, fazendo festa, bebendo cerveja, jogando confete, uma muvuca dos infernos. Perguntei o que se passava. Eles ficaram surpresos.
- Como assim o que se passa? O Corinthians ganhou ontem.
- Tudo bem que ganhou. Eu também vi. Fiquei feliz. Mas também não é pra tanto. – disse eu.
- Não é pra tanto? Você bebeu? Encheu a cara? O Corinthians é campeão da Libertadores cara! Você dormiu durante a partida?
Fiquei perplexo. Comecei a tentar lembrar da noite passada. Lembrei da vitória, do final da partida onde a televisão focalizava os torcedores se abraçando e começou a se desenhar na minha mente a verdade. Que o Corinthians tinha acabado de ganhar o torneio. Dei-me conta da grandiosidade do acontecimento e também gritei de emoção.

No meio entre gritos e festejos comecei a chorar. Não sou tão torcedor assim de futebol a ser chamado pelos outros de “roxo”. Acompanho futebol, gosto de assistir aos jogos mas só. Não sou de entrar em discussões sobre rivalidade, não entro em brigas, não tenho nenhum preconceito em relação a outros times. Claro que a gente torce contra os rivais diretos, mas é só uma forma de brincadeira com nossos amigos. Pensando agora não sei por que fiquei tão emocionado assim no sonho. Será que eu repetirei a cena quando o fato se consumar na vida real? Depende muito do meu estado sentimental do dia. Mas é bem improvável que eu chegue a um comportamento tão forte quanto o choro por uma partida.

Não sei se este ano será O ano do tão esperado e cobrado título, mas que ele sairá isto eu não tenho dúvidas. O André Sanches, ex-presidente do time já cantou a bola dizendo que quanto mais houver participação na Libertadores mais chances tem que acontecer o título. E nos últimos anos tem sido uma constante a participação corintiana.

E também me inspirei em um texto que li de uma corintiana no facebook que exponho abaixo. Não é um texto apenas de orgulho corintiano, mas um texte de esperança, que pode ser usado em qualquer área da vida. Um texto motivacional.

"LIBERTADORES" Único argumentos dos antis
O argumento dos Anti-Corinthianos? “Libertadores”. É a única coisa que sabem argumentar atualmente.

O Corinthians, em 80 anos de existência, nunca havia sido campeão nacional, enquanto que seus maiores rivais, Palmeiras e São Paulo, já eram bi-campeões nacionais. A gozação era igual ou até maior comparado à Libertadores, pois até mesmo o GUARANI de Campinas-SP já havia sido campeão brasileiro em 1978. O Corinthians era taxado como time regional, porque, até então, só vencera campeonatos paulistas e torneios Rio-SP.

Mas em 1990 venceu o seu primeiro campeonato brasileiro. E nos últimos 21 anos, um clube que não tinha títulos nacionais, alcançou 7 conquistas nacionais: campeonatos brasileiros em 90, 98, 99, 2005 e copas do Brasil em 95, 2002, 2009.

A gozação passou a ser “o Corinthians não tem estrutura, não tem estádio, não tem Libertadores”.

Entre 2004 e 2011, o Corinthians foi o clube que mais cresceu em valor gerado para a sua marca, possui um dos maiores patrocínios do mundo e passou a ser a marca mais valiosa do futebol brasileiro, avaliada em 867 milhões de reais. É o time que mais arrecada e fatura com suas cotas de patrocínios e produtos oficiais, arrecadando em bilheteria no ano passado mais do que São Paulo e Palmeiras juntos. Além disso, é o 1º da lista dos clubes brasileiros mais ricos, com uma receita de 212 milhões de reais.

O CT Joaquim Grava foi inaugurado em setembro de 2010 e a estrutura é de primeiro mundo, sendo comparado com a de clubes europeus, possuindo alojamentos, 4 campos de treinamento, vestiários, sala de imprensa, centro de reabilitação e fisioterapia, piscina, sauna, banheira de hidromassagem, sala de musculação, etc.

As obras do estádio começaram em maio de 2011. E mais que simplesmente o estádio do Corinthians, em outubro de 2011, a FIFA anunciou oficialmente como o palco de abertura da Copa do Mundo de 2014, além de outras três partidas da fase de grupos, uma das oitavas-de-final e uma da semi-final.

Então, Anti-Corinthianos, vão fazendo gozações enquanto podem, pois o ex-time sem título nacional, sem estrutura e sem estádio caminha a passos largos; e o próximo passo é a Libertadores, que garanto: está mais perto do que longe, mais próximo do que vocês imaginam.