quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Deixar de ser gordo

De acordo com uma interessante tese do dr. Gikovate, a gula dos gordos e sedentários está relacionada com algo vinda da infância.

Quando um bebê nasce, ele tem uma ruptura drástica entre o ventre materno e o exterior. Nasce chorando, com frio e sem aquele aconchego que estava acostumado. É o primeiro grande trauma do ser humano. Tudo o que ele quer é ficar grudado à mãe. Quando não está dormindo, está junto da mãe e ao sentir um vazio no estômago tem novamente aquele desconforto da vida e chora. Ao receber o leite, seu alimento, se sente novamente feliz. Sua felicidade, nesta época, está diretamente relacionada à comida e o aconchego quente da mãe. Tudo isso fica no cérebro mesmo depois de ter crescido.

Ao crescer e ter experiências, lidará com conquistas e decepções com as vicissitudes da vida. Quando experimenta decepções, tanto profissionais e pessoais quanto romanticas a pessoa sentirá aquele desconforto de quando foi tirado pelo médico da mãe e desejará o prazer de volta. Assim como uma assinatura no cerebelo, ele saciará este vazio de duas formas: ou pelo carinho de outra pessoa que substituirá aquela que foi embora ou pela comida.

Não sei se ele tem razão, mas é muito interessante a comparação e uma boa teoria. Ele ainda diz que não é culpa da mãe se o bebê não teve muito carinho ou não foi alimentado todas as vezes quanto devia, mas cada ser humano reage diferente baseado na própria personalidade que é inata. Muitas mães percebem que ao dar o mesmo tratamento a seus dois filhos, cada um reagirá diferente do outro. Alguns necessitam de mais cuidados em relação ao outro. Enquanto algumas crianças se tornam mais independentes rapidamente, outras necessitam de mais proximidade maternal.

Ainda não cheguei na parte do livro onde a gente resolve esta situação depois de ter ultrapassado os 30 anos, mas como gostei da origem do problema ter sido tão longe, resolvi escrever a idéia aqui. Só assim pra explicar essa minha ansiedade e meu desespero por doce à meia-noite.

Um comentário:

  1. KKKK Este aí é freudiano.Tudo é culpa da mãe. Pessoalmente sou a favor de colocá-lo para ser fuzilado em praça pública.

    ResponderExcluir