domingo, 30 de setembro de 2012

Nina burra

Não assisto novelas, mas de uma forma ou de outra a gente acaba descobrindo o que está se passando nas que estão passando na televisão, ainda mais um sucesso como este de Avenida Brasil. Eu sei mais ou menos o que está se passando na novela, que a Nina foi um dia uma criança chamada Rita que teve seu pai assassinado pela Carminha. Hoje, mais crescida, ela está tentando se vingar da assassina de seu pai.

Muitos têm criticado as atitudes da Nina e dos erros que comete em sua vingança. Parece que ela perdeu todas as fotos comprometedoras que tinha tirado porque não fez backup delas, não usou ferramentas comuns a todos nós que usamos a internet como 4shared, instagram, facebook, twitter etc. Não fez backup de uma coisa importante, coisa que é dita um milhão de vezes pelas empresas de segurança. Manter a salvo senhas, alterá-las periodicamente com uma combinação difícil de ser deduzida.

As ações da Nina são reflexo da população brasileira. Não sei se o autor da novela foi inteligente o bastante para passar à história o comportamento padrão dos brasileiros ou se ele não informou porque não conhece mesmo. Pra se dar emoção a uma história precisamos aumentar os problemas e gerar conflitos mesmo, senão não dá audiência. Mas eu digo que essas coisas não acontecem apenas na televisão, neste caso a arte está imitando a vida, pois tem muita gente toupeira por ai que comete os mesmos erros e às vezes coisas até pior.

Já trabalhei em uma agencia de banco e já vi casos que a maioria das pessoas que estão criticando a Nina ficariam chocados com a estupidez humana. É por isso que os crimes bancários e eletrônicos estão só crescendo. Os bandidos estão percebendo que não precisam de muito esforço para surrupiar os bens das pessoas que em alguns casos até dão o dinheiro por livre e espontânea vontade. O bandido só precisa criar uma historinha besta que muitos idiotas caem no conto do vigário e dão sua grana.

Fiquei sabendo que teve uma cena na novela que a Nina saca uma grande quantidade de dinheiro para dar a outra pessoa e é assaltada no caminho. Puta burrice! Quantas vezes vemos casos na vida real onde acontece a mesma coisa. Nunca transporte uma grande quantidade de dinheiro assim. Use uma transferência bancário, um cheque cruzado, qualquer coisa. Se alguém ficar sabendo, só piora as coisas. Já presenciei um caso que a mulher queria desesperadamente sacar 13 mil reais porque alguém tinha uma proposta de lucro imediato que ela ganharia o dobro. Desconfie de tudo o que seja bom demais, mesmo a história seja muito convincente.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cão

A peça é dividida em duas partes. Na primeira a personagem principal já começa seu relato bastante transtornada, como se tivesse passado por muitos problemas na vida e resolve desabafar com a platéia. Então começa um monólogo onde ela relata de forma bastante intrigante e envolvente os eventos dos últimos 9 anos. Tudo começa a acontecer quando ela compra um cachorro chamado Troy. A personagem desenvolve uma relação de respeito e admiração pelo seu cão quase como um simbionte, tudo o que acontece dali pra frente em sua vida é vinculada ao cachorro e ela obtém muito sucesso profissional.

Uma coisa que eu já ouvi antes é que o cachorro geralmente adquire um comportamento parecido com seu dono. Mas gostei de uma frase que ela disse que um dono às vezes chega a ser a extensão do seu cachorro. É mais ou menos o que acontece na história, pois o cachorro é imponente e faz com que ela seja mais confiante e progrida no trabalho.

O seu relato de vida é muito bom. Mas chega a um ponto da historia que foi inesperado e não estava preparado para ver. Seu marido adquire uma grande depressão e desenvolve uma segunda personalidade em que pensa ser um cachorro e se comporta como tal, apagando completamente a personalidade humana anterior. É uma coisa totalmente bizarra e parece ser criada por um escritor criativo, mas não. É uma patologia real, chama-se licantropia, procure no Google.

O ator que faz o cachorro deve ter usado todas as técnicas aprendidas no curso de teatro de expressão corporal porque o desenvolvimento físico que ele faz é bem libertador. Ele se entrega no palco. E também provavelmente estudou muito o comportamento de um cachorro nos mínimos detalhes. Ele não apenas imita um cachorro latindo ou andando de quatro. Mas ele faz diversos movimentos e comportamentos pequenos e sutis que reconhecemos nos nossos próprios animais de estimação. Sua representação é impressionante principalmente nos detalhes.

O texto da peça também é muito bom. Deixa o expectador preso à história e nos faz até refletir sobre a vida e seus problemas. Acho que a personagem principal foi louca e tomou atitudes discutíveis. Eu imediatamente internaria o pobre coitado no manicômio mais perto. Mas ela foi levando a história até o insuportável. É uma peça que precisa ser vista!



Teatro Augusta
Duração: 80 minutos
Em cartaz até: 01 de novembro de 2012
Quartas e quintas, às 21h
Preço: R$ 30,00
Direção: Samya Enes, Hévelin Gonçalves e Rui Xavier
Elenco: Hévelin Gonçalves e Rui Xavier
Texto: Rui Xavier

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O recomeço

Começar uma nova civilização é tentador. A vida caótica que vivemos no mundo de hoje com 7 bilhões de seres humanos consumindo tudo o que vem pela frente, extinguindo animais, devastando florestas, enchendo mais suas cidades e causando pior ao mundo. Gostaria que tivéssemos todo o progresso intelectual e social de hoje com uma população em número igual à do século XV e com mais florestas e animais soltos. Seria um paraíso. Antigamente não tínhamos tanta consciência do nosso dever em relação ao mundo.

No livro A Dança da Morte do Stephen King trás um pouco deste desejo de começar tudo de novo. E se tivéssemos uma nova chance de formar uma sociedade do jeito que quiséssemos que fosse? Dificuldades não faltariam considerando que cada ser humano tem suas vontades pessoais e idéias de uma utopia.

Mas, no livro, apenas um por cento da população sobrevive a um vírus mortal. Estão todos espalhados pelas cidades e por um motivo decidem se reunir, pois este é um desejo intrínseco do ser humano. Uma vez juntas em uma cidade alternativa, como recomeçar suas vidas? O que seria de extrema importância para o básico de uma vida em sociedade? King desenvolve bem este lado. Primeiro seria estabelecer regras básicas de convivência como leis a serem seguidas. Não matar, não roubar, civilidade, para não gerar anarquia e violência. Tentar acionar algumas coisas tecnológicas como a energia, tão fundamental para nós que praticamente não sabemos viver sem. Seria uma volta às cavernas. Tem coisas mundanas como retirar todos os carros espalhados pelas ruas e enterrar os mortos. Estabelecer um comando, com líderes, uma polícia, uma comissão para julgar infratores, ou seja, implantar os 3 poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário. Um médico em uma nova cidade é algo fundamental. Não sabemos viver sem este profissional, mais do que qualquer outro, mesmo sabendo da importância das outras profissões. Pessoas com conhecimentos técnicos de engenharia e gente com conhecimento como professores. Agricultura seria essencial também para prover alimentos.

O livro me lembra dois filmes pós apocalípticos onde ocorrem guerras e boa parte da população morre restando alguns desafortunados que vivem em meio à violência. O primeiro é O Mensageiro, com o Kevin Costner. Neste filme, a sociedade vive sob o terror de um exército formado por um aspirante a ditador. Só conseguem se reerguer através do restabelecimento da comunicação através de cartas. O segundo filme é O Livro de Eli. Existe grande violência numa terra devastada onde a água é artigo raro. Denzel Washington sabe que um grande conhecimento como a bíblia pode restaurar o bem como também ser usado para tiranizar um povo. Acho que ambos os filmes chupam um pouco do A Dança da Morte.

Deve ser fascinante começar uma sociedade do nada, a seu bel prazer. Como você gostaria que sua cidade fosse?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Fim do mundo

Mais um programa assistido do Discovery Chanel que me inspirou a escrever um texto. Quando mais assistimos um programa onde mostra o início do planeta a bilhões de anos atrás, mais percebemos a nossa insignificância, a pequenez de pensamento que temos no nosso dia a dia. A vida humana é ridícula em relação ao planeta Terra. Se a vida humana se extinguisse, o planeta se resolveria sozinho. Se toda a vida no planeta fosse reduzida a um relógio de 24 onde a Terra fosse criada na hora zero, quando desse 23h os dinossauros surgiriam. As 23h40 se extinguiriam. E as 23h58 os homens surgiriam. Em um relógio de 24h o homem só existe há 2 minutos. Quer exemplo melhor do que significa o homem no mundo?

No futuro nada do que produzimos hoje existirá. Nada na Terra dura muito tempo, tudo está em movimento. Os continentes que temos hoje antigamente eram unidos em apenas um, chamado Pangéia. Foram se separando com o movimento das placas tectônicas. Mas se mantiver a atual velocidade, se reencontrarão no futuro formando um novo continente gigante. Na união de continentes, serão formadas grandes cadeias de montanhas similares ao atual Himalaia. Esta união de montanhas mudará totalmente o mundo como conhecemos hoje.

Primeiro que o gigantesco oceano morrerá. Hoje a corrente dos mares vai até os pólos do planeta onde tem mais oxigênio e vindo para regiões mais quentes, no centro. Sem os continentes, este fluxo não ocorrerá e o oxigênio sumirá. Sem os corais, os peixes morrerão e toda esta água tornará um oceano morto. A aparência dele será preto como se tivessem derramado grandes quantidade de petróleo.

Nas bordas do grande continente serão formadas por estas grandes montanhas. Com isso a umidade vinda do mar não conseguirá passar para o resto do grande continente formando um gigantesco deserto. Todo o centro do continente, correspondente a 70%, será um grande deserto seco. E próximo dos mares existirão grandes florestas de gramias, ou bambus. Eu não sabia mas o bambu é a arvore que mais faz a fotossíntese. Ela representa 3% das arvores do mundo, mas produz 25% do oxigênio que respiramos.

Em todo este cenário terrível, o planeta se parecerá mais com o inferno do que com o paraíso. Hoje já existe grandes bolsões de gás metano no solo produzido por bactérias e plantas mortas, mas que estão congeladas sob o gelo de regiões mais próximas aos pólos. São quantidades duas vezes maiores do que o petróleo.No futuro, com esta região já derretida, o metano poderá entrar em combustão e produzira grandes áreas com fogo jorrando da terra, como os cenários que imaginamos pro inferno.

Se não soubermos gerar modos de evitar alguma dessas mudanças, a raça humana se extinguirá mais rapidamente. O mundo é um ciclo de séries de extinções e evoluções para outros organismos. Sempre foi e sempre será. Um viajante no futuro desenterrará os ossos humanos assim como fazemos com os dinossauros hoje. Eles colocarão em seus museus imaginando porque nós mesmos nos extinguimos.

sábado, 22 de setembro de 2012

Marte

Marte é um planeta fascinante. Em diversos filmes de ficção científica, o planeta vermelho é o que mais aparece como origem dos alienígenas que visitam a Terra. Lembro que quando pequeno olhava o mapa dos planetas do sistema Solar e procurava onde mais chances poderia ter vida extraterrestre. Depois de visitar a lua, o próximo lugar que deveríamos visitar deria um dos planetas mais próximos, Marte ou Vênus.

No livro bem desatualizado que eu lia, dizia que em Vênus tinha muitos gases em sua atmosfera e possívelmente água, possibilitando ocorrência de vida. Eu ficava fascinado com essas notícias e apostava tudo em uma missão á Venus, e ficava revoltado quando todas as notícias sobre futuras missões da NASA sempre indicavam Marte como destino. Na ficção do livro de Isaac Asiov, Os Mares de Vênus, descrevia um planeta coberto 100% e água e que sofria com grandes tempestades. Mais no futuro chegaria a descobrir que a vida em Vênus seria impossível pois o planeta era banhado com lavas vindas de inúmeros vulcões em sua crosta, gerando temperaturas acima de 500 graus célcius e gases tóxicos em sua atmosfera.

Marte é um planeta árido, um deserto total que se parece muito com a Terra, onde possivelmente já teve água corrente de acordo com pesquisas. Na verdade a situação de Marte é como a Terra se tornará no futuro caso as pessoas não cuidem direito do planeta.

Assim como outros planetas, o nome é derivado de um dos deuses antigos da mitologia Greco-romana. Marte é Ares, o Deus da Fúria e da Guerra, provavelmente recebeu esta alcunha por ser vermelho e representar o sangue e o fogo das batalhas.

A história dos satélites também acho boa. Foi descoberto em 1877 dois satélites naturais no planeta. Mas em 1726, o escritor Jonathan Swift escreveu nos livros Viagens de Gulliver que o planeta tinha 2 luas. Como ele sabia disto antes de sua descoberta? Na verdade já se sabia disto desde 1600 por Johannes Kepler, mas devido a uma teoria fajuta. Kepler viu que a Terra tinha uma lua e Júpiter tinha quatro (naquela época), logo Marte teria dois, a metade. Por sorte, no final da história Marte realmente tinha dois satélites.

Deram o nome dos dois satétiles de Fobos e Deimos, mais que perfeito, pois na mitologia eles são filhos de Marte com Vênus ou Afrodite. Ou seja, o segundo planeta do sistema solar cruzou com o quarto gerando filhos. Fobos significa medo e Deimos pânico, sentimentos que os adversários de Ares teriam quando seus filhos o ajudassem nas guerras.

Adoro estes nomes que significam alguma coisa ou são homenagens a alguém importante, como por exemplo o nome de duas crateras localizadas em Deimos, Swift (em homenagem a Johnathan Swift) e Voltaire (filosofo que escreveu uma história sobre a visita de um alienígena que também faz referência à duas luas de Marte).

Curiosidades
Deimos é o menor satélite do Sistema Solar, medindo apelas 15 km de diâmetro. Seu irmão mede 27km de diâmetro. Pesquisas indicam que na verdade são dois asteróides capturados pela órbita do planeta. Em Marte existe o maior vulcão do Sistema Solar, o Monte Olimpo (qualquer semelhança com a casa dos deuses gregos não é mera coincidência) que mede 600km de largura e 27 km de altura.



A quantidade de fatos curiosos é tanta que daria pra escrever um livro. Em algum post futuro retornarei com mais histórias de Marte.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tudo Importa

Tudo tem um motivo de existir, cada coisa tem sua função no Universo. Em um programa antigo da Discovery que assisti sobre o planeta Júpiter, dizia que o mesmo devido às grandes proporções de tamanho e massa tinha uma gravidade imensa atraindo todo tipo de objeto e asteróides para si. Como resultado, muitos corpos celestes que porventura se chocariam com a Terra e produziriam desastres naturais nunca passariam pela órbita do Deus romano. Para que a vida no nosso planeta exista, Júpiter é impressindível, assim como os outros planetas no Sistema Solar também exercem seu efeito em nós, não tem como evitar. Até a nossa Lua é responsável pelo comportamento dos mares do planeta. Sem ela a vida não seria sustentada. Parecem coisas longínquas e afastadas que não exerceriam influência em nossas vidas, mas exercem. Hoje li sobre os buracos negros, onde estudos indicam que ele é um verdadeiro devorador de asteróides.

Os religiosos dirão que como Deus criou tudo, Deus é perfeito, logo tudo o que criou é perfeito e funciona na mais perfeita ordem. Não tem porque Ele criar uma borboleta, uma árvore, um rio se ele não tem função. Os ateus dirão tudo isso em relação à natureza. Que a natureza que criou tudo isso que vemos, de acordo com a evolução do universo. Mas no final de tudo Deus não criou a natureza?

Assim como os corpos celestes, nossas vidas também dependem do ambiente em que vivemos, das pessoas que temos contato, tudo exerce um efeito quer queira ou não. Nada é inútil. O jeito que você trata um cachorro, cuida das plantas, da natureza em si, se você trata as pessoas bem e igualmente sem distinção pelo status ou raça. Todos os atos que tomamos durante a vida vão se acumulando em um único saco, produzindo um resultado X ou Y. Somos o produto das nossas atitudes. Tudo está ligado.

Acredito também na lei da atração, onde as nossas ações atrairão outras no mesmo nível. Se plantamos o bem, eventualmente colheremos o mesmo. Plante discórdia e espere pra ver o que vai colher. Uma frase que ouvi outro dia reflete meu pensamento: “Você pode escolher o que plantar, mas é obrigado a colher o que plantou”.

Be good! (ET)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Melancolia

Lars Von Trier produz filmes com um olhar diferente na minha opinião. Vendo seus filmes a gente percebe que não se trata de algo que tenha visto antes. Aconteceu de ter este sentimento quando vi o excelente Dogville e Manderlay. Melancholia foi elogiadíssimo no Festival de Cannes e fiquei interessado na película.

O filme é dividido em duas partes. A primeira sobre o casamento de Justine, Kirsten Dunst, festa realizada em uma mansão ao lado de um campo de golfe com todos os requites possíveis, todos alegres menos a noiva que está um tanto estranha. Na verdade ela passa por uma grave depressão e parece não estar feliz com o casamento e nem com seu serviço, apesar de sorrir o tempo todo. Mas no decorrer da festa suas ações não correspondem com a felicidade do noivo nem com os rituais e o protocolo que deve seguir em uma festa de casamento.

Já conheci pessoas que fizeram a mesma coisa que a personagem, chegar próximo ao casamento e praticamente quase na data do casório cancelar toda a união. Nunca entendi esta situação onde a pessoa deixa para o último momento pular fora. Quando se gosta de alguém e a relação vai ficando mais forte e mais próxima, ambos decidem se casar e oficializar a união. É um crescente na sua paixão que tende a levar o ápice no dia da festa. Se a pessoa tem dúvidas ou o sentimento não é tão forte assim, deve abortar bem antes de toda a história de noivado for levada adiante. Uma pessoa que pula fora na véspera do casamento é porque já tem dúvidas há muito tempo, não foi uma decisão de última hora, a não ser que ela tenha um sério problema mental ou mesmo bipolar, levando da euforia à depressão. Na verdade dá vontade de dar um tapa nela.

Na segunda parte do filme o diretor faz uma metáfora de como uma pessoa melancólica se sente, onde é apresentado uma situação de ficção científica. Um planeta chamado Melancholia está vindo em direção ao planeta Terra, mas os cientistas acreditam que vai passar apenas perto e não chegará a se chocar conosco. O Melancolia ao se aproximar do planeta até suga o oxigênio do planeta fazendo uma analogia à melancolia que suga a energia das pessoas. E o choque com o planeta simbolizaria o grau máximo da depressão com uma melancolia se chocando contra o ser humano sadio. Com a proximidade deste evento, vemos pelos olhos de Claire, irmã de Justine, o que as pessoas devem fazer em uma situação de desespero. Claire é a mulher alegre que quando vem a melancolia entra em desespero. Já Justine, depressiva, fica até calma em relação ao fim do mundo prenunciado pela chegada da Melancholia e quer morrer.

A fotografia e a trilha sonora são excelentes. Só a cena de abertura do longa dá um exemplo disto, conforme abaixo:

domingo, 16 de setembro de 2012

De volta ao Pacaembu

Semana passada voltei à ainda casa provisória do timão antes da estréia do Itaquerão para rever meu time do coração. O atual campeão brasileiro e campeão das Américas têm feito um bom campeonato brasileiro apesar dos revezes do início por causa da disputa da copa continental. Ganhou do Atlético-MG, Grêmio e empatou com o Fluminense, três dos líderes do campeonato, mostrando que poderia estar disputando o bi campeonato se não tivesse priorizado a Libertadores. Apesar disto anda perdendo para times pequenos como o Figueirense. Essa derrota nem foi tão ruim assim porque ela atrapalha nosso maior rival, o Palmeiras.

Faz tempo que queria voltar a assistir um jogo da seleção alvinegra. Final de semana sempre temos algo pra fazer. E jogos no meio da semana, na quarta feira são televisionados e por causa da novela começas quase 22h, impossível ir de ônibus. O jogo acaba quase meia noite e acabam os transportes públicos. E os estacionamentos perto são um roubo! Então nunca dava pra ir. Mas surgiu um novo horário, a federação tem feito jogos do campeonato Brasileiro as 19h30 e as 20h30 de quarta e quinta feira. São ótimos horários onde o torcedor pode ir ao estádio depois de sair do trabalho e chegar em casa cedo. Ponto positivo pra CBF. Então procuramos um jogo desses na tabela e descobri este Corinthians e Ponte. Um ótimo jogo pra se ir. Era 19h30, bem cedo. Era contra um adversário sem torcida, ou seja, não teria chances de violência entre torcidas. E também as chances do timão sair vencedor seriam grandes.

Encontrei com um amigo no centro e fomos para a Barra Funda de metro. Lá enfrentamos uma caminhada de meia hora até o estádio. Chegando lá vimos várias mulheres bonitas distribuindo folhetos e grudando adesivos de um candidato a vereador que descaradamente queria o voto dos corintianos. As mulheres eram realmente belíssimas e os caras formavam filas para que as modelos grudassem os adesivos no peito. O adesivo informava sobre o candidato e fazia uma alusão do Corinthians no Japão no mundial interclubes. Esses mesmos adesivos eram arrancados e jogados no chão pelos policiais na hora da entrada. Proibida propaganda política dentro do estádio, diziam os policiais. Muito justo, devo dizer. Esse bando de político picareta resolve ser corintiano da noite para o dia só pra conseguir mais votos. É o mesmo que outros políticos resolvem virar evangélicos para ganhar o voto da Igreja Universal. Enfim.

O Corinthians é o líder de torcida nos estádios neste Brasileirão, sendo que quase todos os jogos estão com lotação máxima. Quando chegamos não sabíamos se conseguiríamos comprar os ingressos, mas foi relativamente fácil. O estádio não lotou, teve 25 mil espectadores. Eu pra escolher uma ótima localização bem no centro e assistimos confortavelmente. Até fizemos um lanchão antes da partida discutindo as ultimas notícias do nosso time.

Pena que o resultado não foi dos melhores. Começamos perdendo a partida, mas o Sheik empatou no finalzinho, salvando a noite. A Ponte Preta tem um time bem compacto, bem treinado apesar de não ter nenhum jogador de destaque. Fecham-se na defesa e saem no contra-ataque.Bem parecido com o início da era Tite no Corinthians. No final da partida fomos pra casa na maior tranqüilidade, sem nenhum problema fora do estádio. Um dia vou levar meu sobrinho pra conhecer o Pacaembu antes da estréia do Itaquerão. Depois da nossa casa, vai ser difícil voltar pra este estádio que nos deu grandes alegrias. Estou até com saudades do estádio Paulo Machado de Carvalho, que tem ótima localização e uma boa estrutura para receber grandes jogos. Uma pena que a penhora da prefeitura não deu certo anos atrás, senão este poderia ter sido nosso estádio.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Narciso e Eco

Narciso, vindo da mitologia grega, é conhecido pelo orgulho e pela beleza. Tem fatos que conhecemos por alto mas não sabemos os detalhes da lenda em si. Eu apenas sabia isto de Narciso, que seria um cara que era apaixonado por si mesmo. Mas depois de ouvir contarem a lenda no podcast Papo Lendário, conheci melhor o herói grego. Há várias versões, mas contarei a que eu ouvi.

Narciso, filho do deus Cefiso e da ninfa Liríope, habitava a região de Téspias. Era extremamente bonito e sabia disto. Muitas mulheres morriam de amores por ele e eram sempre desprezadas.

Hera sabia que Zeus a traia com um monte de Ninfas e um dia foi até o covil das Ninfas confrontar seu amante. A ninfa Eco era a mais prolixa e como era boa de papo, conversou bastante com Hexa dando tempo de Zeus pular o muro. Depois de horas, quando Hera viu que tinha sido passada pra trás, condenou Eco a repetir apenas as últimas palavras da pessoa com quem conversava. Com isto, puniu Eco com o bem que mais valor tinha, a fala.

Ao vagar pela floresta, descobriu Narciso e logo se apaixonou por ele, mas não sabia como conversar pois tinha sido amaldiçoada, por isso continuou a segui-lo. Um dia Narciso percebeu que estava sendo seguido e perguntou? “ Tem alguém aqui?”. E Eco responteu: “aqui, aqui, aqui”. Ela tentou se comunicar com ele através de gestos tentando dizer o quanto estava apaixonada, mas Narciso logo a rejeitou deixando sozinha.

Eco, em sua dor, pediu aos deuses para puni-lo e definhou em um penhasco, repetindo as palavras daqueles que ali passavam. A deusa Nemésis ouviu seu clamor e amaldiçoou Narciso a se apaixonar pela primeira pessoa que encontrasse e que não fosse correspondido para que sofresse o mesmo que as mulheres sofriam quando eram rejeitadas por ele. Então em sua caminhada ele para para beber água em um rio e olha para seu próprio reflexo, apaixonando-se imediatamente. Ele fica tão maravilhado com a imagem na água que permanece imóvel por anos, definhando. Em seu lugar nasce uma flor chamada narciso.

Desta lenda nasce várias coisas à cultura ocidental:
- A palavra Eco ser a repetição de nomes dita em um ambiente com acústica;
- A criação do termo Narcisismo;
- O nome dado a flor Narciso.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quadrinhos no Trono

Falta de tempo todo mundo tem. É só perguntar pras pessoas porque elas não lêem mais, não fazem mais exercícios, não brincam com os filhos, não estudam, etc. A primeira resposta que a maioria dá é “não tenho tempo”, a segunda “não tenho dinheiro”.

Gostaria de ler muito mais do que leio atualmente. Tem gente que fica impressionada pela quantidade de livros que eu leio. Só ficam assim porque elas não lêem. Para um leitor profissional, de carteirinha, eu sou um peixinho no aquário. Tudo depende com o que comparamos. Se eu me comparar com a leitura média da população brasileira, que em pesquisa recente indicou que o brasileiro lê 4 livros por ano, eu realmente sou uma curva ascendente. Mas me comparar a esta média ridícula é uma ofensa. É a mesma coisa que um estudante de nível médio se comparar a um analfabeto. Uma pessoa que quer crescer deve sempre se comparar a alguém melhor que você.

A minha meta DIÁRIA de leitura, minha utopia, seria a seguinte:
- Um jornal;
- Uma revista em quadrinhos;
- Dois livros, sendo um de ficção e outro de não ficção;
- Estudo de uma matéria acadêmica.
Mas quem disse que eu consigo?

Uma forma de eu ler mais é vincular atividades do meu dia a dia a um certo tipo de leitura. É como se eu enganasse o cérebro tentando realizar duas atividades ao mesmo tempo e conseguindo o meu objetivo. De manhã obviamente é um bom horário para ler o jornal. Então eu costumo vincular o jornal ao meu café da manhã. Enquanto degusto um pãozinho com leite, leio as principais notícias do dia. Durante meu trajeto casa-trampo, que dura em média 30 minutos, leio um livro.

E toda manhã tenho meus 15 minutos religiosos no trono do banheiro. O Roberto Duque Estrada, do MRG, diz que lê todas as suas revistas em quadrinhos no banheiro, enquanto realiza seu querido número 2. Resolvi fazer o mesmo pra testar. Comprei, com uma indicação dos mesmos meninos do MRG, o Fracasso de Público, livro de 230 de excelente história para adultos de quadrinhos. Parece que estou lendo um episódio de Seinfeld misturado com Friends. A leitura se tornou a melhor parte da minha manhã, me fazendo triste quando finalmente resolvo terminar e seguir com minhas atividades do dia. Com esta opção, uma das minhas metas de ler um quadrinho por dia está mantida e bem encaixada no dia. Não precisei mudar em nada minha rotina, um sucesso.

Minha meta agora é conseguir encaixar uma leitura de não-ficção à noite, mas está difícil encaixar com algo. Sempre quero ver TV ou acessar a internet, fora que à noite o corpo normalmente pede repouso. Mas vamos ver se consigo incular a alguma atividade noturna e “enganar a mente”.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Seleção Brasileira do Mano

Nesta sexta-feira teve amistoso da seleção brasileira contra a África do Sul, assim como hoje terá contra a China. É difícil ter jogos da seleção em nosso país e quando tem quase nunca fazem em São Paulo. A torcida paulista é difícil e exigente. Normalmente a seleção prefere jogar no nordeste onde a torcida é mais calorosa e amigável, mesmo se jogar mal.

Nas eliminatórias da copa de 1994 o Brasil perdeu da Bolívia em La Paz e chegou a São Paulo vaiado. A partir deste dia os jogadores se uniram e em todo jogo entravam de mãos dadas. Ganhou todos os jogos de goleada e se classificou para a Copa do Mundo. O ritual de entrar de mãos dadas continuou na copa até o final, quando foram campeões. Ai o Dunga, quando levantou a taça xingou todo mundo que os criticaram.

O último jogo que vi do Brasil em São Paulo foi Brasil 3x1 Bolívia. A primeira vez que vi Ronaldo Fenômeno jogando ao vivo. E o primeiro tempo foi magistral, excelente atuação. O segundo tempo foi monótono, só pra cumprir tabela. Mas a torcida estava feliz e o time correspondia. Classificamos facilmente, mas fomos eliminados na Copa do Mundo.

Nesta sexta, depois de muito tempo, a selecinha volta pra fazer este amistoso caça-níquel. Resolvi ir com familiares e a estréia do meu sobrinho em um estádio. Não foi uma boa escolha de jogo, mas ele se divertiu. O primeiro jogo que vi na vida em um estádio foi Corinthians e Ituano, pelo campeonato paulista, um zero a zero horrível e mesmo assim me diverti com a experiência.

A torcida paulista foi impiedosa. No começo até apoiou, mas com a demonstração desse futebol medíocre, começaram as vaias. No começo os dois times foram aplaudidos. O único que recebeu uma vaia imensa foi o Mano Menezes ao entrar em campo. Fiquei até com pena. Depois as vaias começaram a se concentrar em Neymar que além de jogar muito mal, fingia receber faltas do mesmo jeito que faz no campeonato brasileiro. Os ingleses já o vaiaram por causa disto quando ele foi disputar um amistoso lá. Mas poderiam dizer que só vaiaram por serem estrangeiros invejosos. Mas desta vez foi o torcedor brasileiro em solo nacional que o chamava de pipoqueiro toda vez que caia. Eu pensei que apenas eu e uma parcela pequena de pessoas que não gostava dele. Mas no estádio ficou claro que ele tem uma grande rejeição por parte da maioria. Pena, pois o cara joga muito bem. O estádio estava claramente recheado de são paulinos que ficavam elogiando Lucas, que jogou mal pra cacete, e pedindo pro Mano convocar Luiz Fabiano, ridículo.

Se a história pode nos ajudar, tomara que esta experiência de ser vaiado em casa sirva de lição para começarem a jogar assim como aconteceu com a seleção de 1994. O problema é que falta a liderança de um Dunga no time. Só tem jogador mole e sem personalidade nesta seleção do Mano.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A praga dos vendedores ambulantes

Trabalho no centro de São Paulo e durante meu horário de almoço costumo caminhar pela rua Direita, famosa pela quantidade de pessoas por metro quadrado que transitam por ali durante o dia. Por causa desta multidão, claro que vendedores de todo o tipo vão para lá para pescar clientes. Quanto mais gente mais chances de venda, por isso ônibus, trens, estações, terminais sempre estão infestados desta laia.

Atrapalham o transito das pessoas, incomodam com suas gritarias, me irritam profundamente apesar de saber que estão lá ganhando suas vidas. É chato, mas conseguem vender muito e sustentar suas famílias. É difícil se opor a tal coisa, melhor um ser humano trabalhando, mesmo ilegal na rua sem pagar imposto, do que roubando ou passando fome.

Mas tem coisas que são irritantes como essas pessoas que fazem pesquisa na rua e tentam abordar os transeuntes. Todos os dias eu me encontro com um batalhão deles em cada rua do centro velho de São Paulo. Se ainda fosse algo esporádico a gente não se incomodava tanto, mas todos os dias eles enchem nosso saco pra parar e fazer um batalhão de perguntas. “É só um segundinho” dizem, mas demora no mínimo uns 5 minutos. Pior quando querem vender empréstimos com juros estratosféricos que só consumidores compulsivos sem crédito aceitam.

Tenho um misto de raiva e pena deles. Sei que dependem daquilo que oferecem e muitos ganham comissão por cliente abordado ou negociação concluída. É cruel, por exigir que a pessoa venda a qualquer custo, mas mesmo assim justo pois premia o cara que mais foi eficaz na matéria principal que é venda. Quando me encontro com eles tento desviar sem feri-los na alma. Me imagino no lugar deles desesperado por alguém que me dê atenção e que seja atencioso e receptivo para aceitar meus argumentos de venda. O que eu faço e que percebo que a maioria faz é desviar de suas súplicas como alguém que foge de um cachorro latindo. Tento ser educado murmurando desculpas esfarrapadas para não parar e conversar, mas é inútil. Vejo suas caras de aflição e decepção quando mais um pedestre lhe vira a cara e diminui seu ordenado.

Não tenho solução. O mundo é feito de vendedores. Tudo se resume a algum tipo de produto a ser oferecido pelas empresas à massa consumidora que necessita de gente que faça-os acreditar que precisam desesperadamente daquilo que está sendo oferecido. O melhor vendedor é aquele que te faz você pensar “nossa, como eu vivi até hoje sem isto”. Um vendedor de necessidade. “Faça com que as pessoas precisem de você”, já disse Bill Gates um dia.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A Árvore da Vida

Filme de um artista / diretor, Terrence Malick, a Arvore da Vida é feito para poucas pessoas. Eu já havia ouvido falar muito de como ele é construído, um filme de arte com um assunto da reflexão da vida, indo da criação do universo à sua conclusão. Só uma história assim já se imagina infilmável. Não há quase diálogos no filme e imagens belíssimas e uma trilha sonora poderosa tentam traduzir a imagem que Malick quer passar. Como filma pouco e tem todo este reconhecimento, ele tem essa aura de ser o novo Stanley Kubrick.

Graças a Deus eu fui preparado pra assistir a um filme difícil, sabendo o que encontraria. Acredito que muita gente foi sem saber do que se tratava e como viu Brad Pitt e Sean Penn no cartaz, achou ser interessante. Pena, saiu decepcionado. Mesmo já sabendo o que viria a seguir, os primeiros 40 minutos do filme foram um teste de resistência ao meu sono. As imagens da criação do Universo são belíssimas, mas bem arrastadas e cheguei prestes a dormir. Bebia água e comia um amendoim pra afastar o sono. Vi pessoas levantando no meio e indo embora revoltadas. Um casal de velhinhos na minha frente dormiu boa parte do filme. Cheguei a ouvir comentários de “não estou entendendo nada” e “que filme chato”.



Mas a melhor parte do filme veio a seguir onde mostra um casal, Brad Pitt e Jessica Chastain, tendo três filhos e tentando criá-los da melhor forma possível. Nos vemos em muitas atitudes das crianças. Quem nunca passou pelas coisas que eles passam no filme? Deu uma saudade danada de voltar a ser criança e uma nostalgia da época em que éramos pequenos em casa.

Nos releases eles dizem que o Brad Pitt é severo. Eu concordo com ele. Claro que algumas ações que toma são muito ditatoriais e desnecessárias só pra impor o respeito. Mas 90% do que ele faz às crianças são pra ensiná-las e prepará-las para a vida. É a disciplina e a responsabilidade. Claro que quando somos crianças queremos é farra, fazer o que quiser sem ninguém pra encher o saco. Por isso precisamos de pais que nos controle e imponham limites. Não temos o desenvolvimento mental suficiente pra saber o que é certo e o que é errado. São coisas que só depois que crescemos vamos perceber isso. Eu mesmo já me vi nessas situações de ficar com muita raiva quando criança e depois de ter crescido entender que meus pais fizeram exatamente o que deveria fazer.

A mãe é extremamente carinhosa, mas não tem pulso nenhum, fazendo as crianças fazerem coisas erradas. Acho que os pais deveriam fazer um mix das duas partes. Tendo carinho com seus filhos e ao mesmo tempo tendo uma disciplina com eles. O que geralmente acontece é uma das partes (os pais) serem mais severos que a mãe. Mas ambos deveriam ser igualmente mais duros e mais carinhosos. E também ambos concordarem com os castigos e os prêmios por bom comportamento. Esta parte do filme é uma representação de como é o comportamento de uma família reunida de coisas boas e coisas más e de como lidamos com isso.

Fiquei com várias dúvidas e gostaria de ter alguém com quem compartilhar as minhas reflexões. Acho que 95% do povo odiou o filme. Não precisa gostar, mas entender e ter um senso crítico. Tem coisas que eu cortaria, principalmente a parte do Sean Penn. Sei que ele representa o filho mais velho e Malick acha toda cena do filme importante para o contexto geral.

Jessica Chastain, que representa a mãe, é belíssima. Fiquei apaixonado pela atriz. Em uma das interpretações malucas dos críticos do cinema é que ela era a representação de um espírito. Eu a vi como a representação do amor, da beleza, das coisas boas que a vida nos proporciona, de como a vida é boa e que vale a pena ser vivida. Ao contrário de Brad Pitt, que representava o oposto, de como a vida é dura e que precisamos ser fortes pra agüentar as dificuldades que ela nos forçará a passar.

Só sei que preciso ver novamente. E por incrível que pareça eu quero comprar o DVD. É um filme pra se ter em casa e rever de tempos em tempos. Ele consegue nos fazer refletir sobre os fatos de nossa vida e a cada vez que vemos, reparamos em novas coisas, novos ângulos. É um filme de arte.

domingo, 2 de setembro de 2012

Arbitragem - Corínthians X Atlético-MG

Além do Corinthians, meu time do coração, assisto a vários outros jogos de futebol, pois gosto do esporte independente de quem esteja jogando. Quando é meu time, torço pro coringão, quando é um rival , torcemos contra. Coisas do esporte, normal. Uma das coisas que mais tem discussão hoje em dia além da parte técnica são os erros de arbitragem que parecem estar mais expostos que nunca com os replays em super-câmera lenta. É impressionante o tanto de erros que esses árbitros cometem.

O Corinthians foi duramente prejudicado na partida contra o Santos e todo mundo viu que foi um erro grotesco, até que o arbitro auxiliar foi suspenso com justiça. Mas vejo muito mais erros cometidos em outros lances da partida que não geram o gol, mas prejudicam o andamento da partida. São aqueles pequenos erros de cobrança de lateral errada, falta não marcada cartão dado desnecessariamente etc.

Claro que cada torcedor acredita que seu time está sendo roubado claramente independente do jogo. O site Placar Real começou no ano passado a contabilizar todos os erros do jogo e pontuar cada time que está sendo “roubado”. Em 2011 o Palmeiras foi o time mais roubado do campeonato brasileiro. Atualmente o Corinthians, até a rodada passada era o mais roubado do campeonato brasileiro de 2012. Achei interessante e resolvi fazer o mesmo com os jogos que assisto. Vou marcar os lances dos quais achei que o arbitro apitou erroneamente e somar uma pontuação de acordo com o meu ponto de vista, excluindo qualquer sentimento de proteção ao meu time. Apesar de sempre torcer por um dos lados, em relação à arbitragem eu me considero imparcial.

Então resolvi estrear meu placar real com o jogo Corinthians X Atlético-MG.

No primeiro tempo estava indo bem. Na minha contabilidade deu 3 X 2 para ou Atlético. Ou seja, o Corinthians foi beneficiado em um lance a mais. No segundo tempo foi uma goleada: 7X3 para o Corinthians, ou seja, o Atlético foi bem beneficiado. Muitos dirão que o resultado foi este porque eu torço pra um deles, mas não é verdade.

Alguns lances interessantes. Teve uma mão na bola dentro da área para cada um dos times que o árbitro não deu. Foram 2 roubos, mas pelo menos o árbitro teve uma coerência ai. Depois de uma expulsão do Emerson, injustificada em minha opinião, o árbitro se perdeu totalmente e começou a apitar contra os dois times e deu, pasme, 11 cartões amarelos, a maioria para o Corinthians. Péssima arbitragem. E ainda temos que agüentar o Ronaldinho reclamando de um gol muito bem anulado do Atlético-MG onde o cara fez uma falta clara em cima do defensor corintiano. Enfim, mais um dia de xingar o juiz.