segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

No caminho das Índias

Hoje eu viajei à Índia nos meus sonhos. Tinha todas aquelas coisas que vi na exposição do Banco do Brasil há alguns meses atrás. Eu tinha rúpias e reais e me lembro que pagava com os dois dinheiros dependendo da situação. Até parece que eles aceitariam reais. Lembro-me que as coisas eram muito baratas. Eu tinha uma boa quantidade de dinheiro nos bolsos e quando pegava para pagar algo, usava apenas uma pequena fração do que tinha.

Mas uma parte que ficou gravada na minha memória do sonho foi inspirada em um fato que ocorreu na minha vida real. Recentemente tive o celular roubado em um show em São Paulo, modo gatuno onde o cara tirou do meu bolso sem eu nem reparar. Coisa de gente profissional mesmo. Até hoje não sei como, mas agora tenho várias idéias de como poderia ter evitado. Enfim, no meu sonho eu tinha parado pra comprar comida em um estabelecimento e a fila era do lado de fora. Estava com alguns amigos e conhecidos, tanto indianos quanto brasileiros turistas em excursão. Enquanto aguardava na fila, senti um leve movimento das minhas costas e rapidamente levei minha mão para minha carteira no bolso de trás para me certificar que não estava sendo roubado. E estava. O bandido já estava com meia carteira pra fora e quando eu a segurei, ele soltou e foi embora calmamente. Fiquei assustado pela facilidade que ele estava me roubando e pela tranqüilidade em que todos a sua volta se comportaram.

Neste momento chegou minha comida no balcão e eu peguei o dinheiro para pagar. Os funcionários estavam mal preparados e se confundiram todos. Estavam resolvendo algum problema dentro do lugar e minha comida ficou no balcão. Eu fiquei esperando que eles resolvessem logo e viessem cobrar minha comida e nada de voltarem. Eu pedi um simples PF, arroz, feijão, salada e estava esfriando. Então separei o dinheiro, pus no balcão e fiquei chamando um funcionário pra registrar meu pagamento. Neste momento uma mulher da fila, que na vida real é uma funcionária do meu serviço, ficou reclamando que ela tinha feito outro pedido e não havia sido atendida ainda. Eu me virei pra vê-la. Quando voltei meu olhar alguém estava pegando aquele dinheiro que eu usaria pra pagar a comida. Essa pessoa deixou cair tudo e quando vi era o amigo indiano que estava comigo. Ele confessou o crime e eu pedi que me devolvesse tudo o que havia PE furtado. Ele devolveu, além desse dinheiro, outras coisas que já havia safanado como documentos, dinheiros em real, cartões de telefone aqui do Brasil, etc. Fiquei horrorizado, pois o perigo estava em qualquer lugar até na pessoa ao lado que parecia sua amiga.

Depois que voltei ao hotel em que estava instalado, pensei em guardar meus valores melhor, pois desconfiei até dos funcionários de lá. Uma hóspede que estava passando no corredor me alertou que era necessário este cuidado que teria mesmo e que os funcionários costumavam entrar nos quartos e roubar. Eu separei meu dinheiro em partes e escondi-os em cada parte do quarto, pensando que se encontrassem um, o outro estava salvo. É terrível estar com este medo do roubo em toda parte. Não ter segurança nem na sua própria casa, onde se dorme, no caso o hotel.

Neste ponto o sonho começou a se desenvolver para outro caminho, para outro dos meus medos: a gula. No sonho eu tinha que voltar para algum lugar, parecia minha escola do primeiro grau/ensino fundamental, e antes estava com uma vontade danada de comprar uma bolacha de doce de leite. Fui correndo a um mercadinho comprá-la, mas estava atrasado. O lugar estava muito bagunçado. Achei, comprei e voltei correndo para entrar na sala de aula que já havia começado. É o que acontece comigo todo dia na vida real durante meu horário de almoço no trampo. Hoje parecia que eu estava enfrentando meus medos à noite ao invés de descansar.

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