quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Celular

Depois de ler o maravilhoso livro Dança da Morte, resolvi pegar outro do Stephen King e escolhi, por indicação, Celular. Tive certa decepção no início, mas acredito que achei fraco porque o Dança da Morte é extremamente complexo e cheio de personagens. Qualquer livro que lesse depois sairia simplista demais. Mas depois de um início fraco, fui percebendo que algumas idéias de King foram muito boas.

Como um resumo da história principal do livro, tudo começa de repente com uma ligação pelo telefone celular de várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta ligação sai um som que transforma as pessoas em um modo primitivo e violento, como se fosse uma espécie de zumbi moderno. Claro que os sobreviventes do novo mundo serão aqueles que não têm celulares. Por coincidência eu tive meu celular roubado há mais de um mês e ainda não comprei um novo, então também me sinto em parte um dos sobreviventes do livro.

A semelhança com a história dos zumbis é inevitável, pois os que receberam as chamadas pelo celular se comportam com extrema violência e matam os outros sem piedade. Mas King foi além disto. Ele deve ter lido bastante sobre o funcionamento do cérebro. Eu já sabia algo sobre isto, mas ele mostra que o cérebro é um órgão extremamente complexo e sabe-se que a humanidade só usa 2 a 3% de sua capacidade, incluindo sonhos. Então pra que serve os outros 98%? O potencial deste órgão é extremamente alto. Imagine o que poderíamos fazer se usássemo-lo em sua totalidade?

É nesta tecla que o autor segue, pois além do comportamento agressivo e sem nenhuma sociabilidade, os zumbis, ou fônicos como são chamados no livro, começam a desenvolver outras formas de utilização do cérebro como telepatia, tele cinese, controle do ambiente e do mundo. Apesar de estarem em estados catatônicos, se tornam muito poderosos se utilizarem outros pontos do cérebro que nós humanos não usamos.

Ainda não conclui sua história, mas já indico para os fãs de histórias pós apocalípticas e/ou de zumbi, onde a nossa atenção é voltada para um pequeno grupo de sobreviventes tentando escapar da morte.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A situação do porteiro

Hoje eu fui para um apartamento de um amigo da família na praia que não tinha o costume de ir faz bastante tempo. Estava com vontade de passar um tempo próximo do mar e como tinha um lugar desse disponível, resolvi ir de repente, sem planejamento. Acontece que na correria eu me esqueci de pegar o crachá de identificação do carro para entrar e estacionar na garagem e da chave do apartamento. Ainda na estrada liguei para este amigo informando do ocorrido e ele disse que eu poderia falar com o guarda da guarita dizendo pra dar uma chave de reserva e caso tivesse problemas, para o síndico ligar para o dono do apartamento registrado (ele no caso) para confirmar minha identificação e autorizar a entrada. Ele ainda lembrou que como eu já tinha ido lá, eles iriam me reconhecer. Fiquei mais tranqüilo, mas com um pé atrás, pois sempre existe a chance de dar errado.

Ao chegar, o porteiro era um que eu nunca tinha visto antes. Parei o carro fora e chamei-o para falar sobre o crachá do carro. Ele me olhou estranho tentando entender o que eu queria, nesta hora pensei que não daria certo. Mas ele autorizou minha entrada e me deu um substituto do crachá. Entrei com o carro, mas o problema estava somente 50% resolvido. O mais importante era conseguir uma chave para entrar no apartamento. Então logo depois de estacionar o carro fui me encontrar com ele na entrada. Ele se apresentou, disse que era recém contratado do prédio e até se desculpou por não me reconhecer como morador. Fui honesto e disse que eu era amigo do dono do apartamento, que havia esquecido a chave e pedi uma reserva. Ele, muito amistoso, concordou na hora e foi pegar uma no quartinho dele. Eu ainda desconfortável com a situação achando que ele estava um tanto receoso pela situação sugeri que ele podia ligar para meu amigo que ele poderia confirmar que estava tudo certo. O porteiro nem cogitou a minha sugestão. Disse que não precisava e disse “tenha uma boa estadia”.

Claro que eu fiquei satisfeito com o resultado da situação. Liguei em seguida para confirmar minha entrada no apartamento e dizer que estava tudo certo. Quando desliguei fiquei pensando na situação. Eu poderia ser qualquer pessoa desconhecida e o porteiro me deixou entrar numa boa sem pedir nenhum documento nem nada. Apesar de ter dado tudo certo, ele teve um comportamento errado nesta situação. E se fosse um ladrão e um bandido que quisesse fazer um arrastão no prédio? Teria a maior facilidade do mundo e nem precisaria de uma arma de fogo.

Hoje em dia arrastão em prédios em São Paulo é a coisa mais normal do mundo, acontece quase toda semana e são noticiados na televisão. Outro dia assaltaram apartamentos de um prédio que está na mesma rua da casa da minha irmã. Ela mesma disse que outro dia conseguiu entrar no prédio sem se identificar. Quando tem muitos apartamentos, as entradas de carros ficam bem congestionadas e tem aquela fila pra entrar. Quando o porteiro abre pra um, o outro carro de trás entra numa boa aproveitando a porta aberta. Ela mesma disse já ter feito isso na pressa e até se preocupou com a situação depois das notícias de assaltos.

Até entendo a situação do porteiro. Pra não perder o emprego ele tem que ser simpático com os moradores, seu cliente, e com os visitantes e familiares. Se ele ameaçar barrar um, já chega a patrulha dos revoltosos criticando sua atitude. Deixa um ladrão entrar por não conseguir diferenciá-lo de um morador ou um visitante, é culpado. Mas acho que ele tem que fazer seu trabalho do jeito certo, barrando pessoas não autorizadas, independente se a dondoca chata chamou amigos e não informou quem eram. São essas brechas que a bandidagem se infiltra e aproveita. Se não tivermos todos os cuidados, fica muito fácil ter a casa assaltada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Filmes de terror explícito ou psicológico - 2

Eu adoro o gênero de terror nos filmes em que assisto. Sempre gostei, desde criança quando eu e meus amigos apostávamos se conseguiríamos assistir aos filmes de A hora do pesadelo e Sexta-feira 13. Hoje olho para estes anos com nostalgia e um pouco de inveja da inocência da época, pois hoje dificilmente consigo achar um filme que realmente me traga medo e injete tanta adrenalina no corpo como acontecia no passado.

O gênero de terror norte-americano está falido. Graças às dicas de sites especializados em filmes tenho garimpado algumas preciosidades do gênero feitas por outros países fora do eixo como o mercado japonês, o espanhol e o francês.

Mas devemos separar os diferentes subgêneros do horror. Existe aquele que dá medo, o que dá aflição e o que joga muita morte na sua cara. Vamos separar pela classificação oficial e pela minha classificação pessoal:

Filmes que dão medo não são necessariamente terror, sendo que muitos filmes bem feitos de suspense e ficção científica te dá aquele cagaço característico de um filme do estilo. São os filmes de terror psicológico. Geralmente são filmes em que você se sente na pele do personagem principal que está sendo perseguido por algum ser e nós nos sentimos observados a todo o momento. Uns exemplos deste estilo que vi recentemente são: “Os estranhos”, “O Habitante incerto” e “Os Olhos de Júlia”.

Já os filmes Splatter e gore são aqueles cheios de mortes e sangue espirrando na tela. São os que me dão mais aflição ao ver. Filmes norte-americanos, por causa da censura, evitam explorar muito as mortes mostrando apenas poucas cenas explícitas. Tenho visto coisas européias e japonesas realmente horríveis e ao mesmo tempo maravilhosas já que curto o estilo. Exemplos de filmes que vi recentemente são: “Mártires” e “Old Boy”.

Eu me entusiasmei em escrever este texto depois de assistir Mártires. Fiquei muito impressionado com a história e com as cenas, principalmente com a parte final do filme. Estou pensando até agora na maldade do roteirista. Vou ficar com esta imagem por muito tempo na mente e é um filme que não dá pra indicar pra qualquer um. Só indico pra aquela pessoa que falar pra mim que Jogos Mortais é tranqüilo e que quer mais emoção e mais violência. Mas fiquei com dificuldade de classificá-lo, pois não é um filme que mete muito medo. Ele claramente entra como um filme gore.

Filmes com lobisomens, vampiros, bruxas, fantasmas não me metem medo nenhum, com poucas exceções. Freddy Krueger e Jason me fazem rir atualmente.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Ditadura das Namoradas

É curioso que o sexo frágil, o considerado gênero conhecido por ser carinhoso e romântico se torne tão ditador durante uma relação amorosa.

Para brotar um relacionamento entre um homem e a mulher, o trabalho do homem é bem maior para chamar a atenção da mulher, seja através de atos educados, cantadas e atributos físicos e financeiros. Acredito que toda mulher, mesmo as feias, tem pelo menos uns 10 homens interessados. Claro que dependendo dos atributos dela os candidatos serão mais ou menos interessantes. Então a mulher tem apenas o trabalho de selecionar aquele que mais tem interesse, como peneirar uma pepita de ouro no meio de vários grãos de areia. Já o homem precisa usar de todas as suas qualidades para tentar se sobressair em relação aos seus outros oponentes e tentar parecer mais atrativo que o outro.

Depois do sucesso do flerte e da aproximação dos dois, eles começam a ficar e tem o crescimento para um relacionamento. Até ai é tudo maravilhas, pois tanto o homem quanto a mulher vão tentar ser os mais agradáveis possíveis ao outro para conquistar o coração do parceiro. Mas as regras da sociedade geram distorções que podem gerar a conflitos futuros.

O bom senso da sociedade diz que num relacionamento saudável, ambos têm direitos e deveres iguais. Um não pode ter mais benefícios que o outro e um não pode ter mais trabalho do que o outro folgado. Num primeiro momento isso pode até ser deixado de lado porque eles se gostam, mas em longo prazo não se sustenta e causa brigas. Hoje já sabemos que a mulher é capaz de fazer tudo o que o homem pode fazer, então elas têm direito de trabalhar nos mesmos cargos, terem mesmo salário, ter as mesmas diversões e etc.

Mas as mulheres atuais me surpreendem por demonstrar certo tipo de ditadura onde elas têm mais direitos que o homem. Antigamente os homens pagavam tudo porque as mulheres não trabalhavam. Hoje, as mulheres trabalham, mas mesmo assim exigem que o homem pague tudo. Julgam-se no direito de exigir do parceiro todo o ônus do pagamento enquanto ela só tem o benefício de desfrutar a situação.

Em problemas cotidianos como ir ao cinema, num restaurante, visitar a casa de parentes e amigos, usar uma roupa, para qualquer decisão as mulheres se acham no direito de mandar nos homens. Eu quero isto e ponto final sem discussão. E o resto da sociedade olha esta situação e acham que ela está certa em exigir coisas do homem. Se um homem tem a mesma atitude da mulher, é machista, retrógrado e antiquado e grosso. Quando uma mulher tem o mesmo comportamento, é normal e fruto da igualdade das mulheres. E o pior é que todo mundo acha isto normal.

Às vezes vejo casais amigos tendo discussões bestas, mas que claramente a mulher está querendo impor sua decisão sem conversa. Seus gostos são os mais importantes e ponto final. É muita falta de respeito em minha opinião. E sabe por que elas fazem isto? Porque podem. Elas dizem: “se você não faz, tem quem faça”. A fila anda e o próximo trouxa que estava esperando uma oportunidade vai fazer qualquer coisa que a megera queira. Eu não sou assim, não consigo aceitar um abuso desses. Não vou dizer que todas são assim, mas a maioria pensa deste jeito. Basta olhar para os lados. Mesmo que não falem abertamente, elas acham isto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Encarada no metrô

É realmente curioso e engraçado alguns dos comportamentos que os homens tem em relação às mulheres achando que está abafando e na verdade estão dando uma de taradão escroto e nojento. Já são famosas as cantadas que saem de lugares em construção onde operários e pedreiros se deparam com uma mulher caminhando na rua. É embaraçoso.

O Seinfeld um dia fez uma piada sobre o assunto dizendo que o melhor que um homem já pensou em chamar a atenção de uma mulher é assobiando pra ela. Construímos obras sensacionais, verdadeiras obras de arte, viadutos gigantescos, fomos à lua... pra que? Pra atrair a atenção da mulherada. Não tem porque fazer tudo isto. A motivação maior do homem é a mulher.

Na verdade a relação de um cara nojento e um cara maneiro depende muito da sensibilidade da mulher. Tem muita piriguete que aceita qualquer cara que tenha dinheiro, um carro da hora e/ou seja fortão. Mas a maioria das mulheres gostam quando o homem olhe para elas e tentem paquerar. Ela pode dizer não para todos, mas só de ser requisitada já é algo para levantar sua auto-estima e se sentir desejada.

Outro dia me deparei com uma situação curiosa. Naquela correria do transito de São Paulo e das baldeações que temos que fazer para chegar ao nosso destino, costumamos cruzar com muita gente que passa na nossa frente e outros que vem na direção contrária. É uma rotina. Mas eu estava caminhando em direção a uma escada rolante na estação São Bento quando reparei que um cara na minha frente olhava muito para uma mulher que tinha de encontro. Olha para mulheres bonitas é normal, eu mesmo olho, com certa descrição. Mas ele a despiu com os olhos e foi até um pouco agressivo, quase entrando na frente dela para agarrá-la. Quando o ambiente é mais rústico, como uma construção de um prédio até entendemos aquelas cantadas forçadas e escrachadas. Mas num lugar onde a ordem e o bom comportamento são requisitos básicos de convivência, uma chegada mais forte assim é deselegante. É como se num restaurante alguém chamasse outra pessoa de gostosa. Depende do lugar em que estamos no momento.

Depois desta encarada forte ele, claro, deu aquela conferida na bunda e seguiu para a mesma plataforma a qual eu me dirigia e prestei atenção se ele tinha o mesmo comportamento com outra mulher ou se tinha sido apenas aquela beldade à qual cruzamos. Na escada rolante, o lado direito geralmente é reservado para aqueles que param e o lado esquerdo são para aqueles que querem descer mais rápido. Ele foi do lado esquerdo passando pelas pessoas que estavam paradas e para cada mulher que passava ele virava o rosto pra dar aquela encarada e avaliar se era bonita ou não. Mas para todas ele quase parava e olhava no olho. Em seguida voltava ao seu caminho e seguia em frente.

Não sei como as mulheres avaliam este comportamento. Será que ficam felizes de serem notadas? Acham o cara muito idiota por ter encarado com tanta ferocidade assim? Elas dariam bola pra ele? Dúvidas que não se calam.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Lendo muito

Acho curioso quando as pessoas, quando me vê lendo algum livro, dizem que eu leio muito. Que eu leio demais. Eu leio muito pouco, eu sei, em comparação a pessoas realmente inteligentes, mas as pessoas acham que não por me vê todo dia com um livro debaixo do braço. Elas se comparam a si próprias e vejo que a maioria das pessoas não lê nada.

O fato de não ler não quer dizer que são menos capazes ou menos inteligentes. Muitas pessoas que eu convivo não tocam em um livro e são excelentes. Eu sei que o universo das pessoas que se dedicam à literatura é muito baixo, principalmente no Brasil que tem deficiências nesta área da educação. Mas a cada dia que passa vejo que o problema é maior do que eu pensava. As pessoas de baixa renda ou co pouca instrução geralmente não tem muito incentivo à leitura e até entendo o fascínio do povão em relação à televisão, às novelas e reality shows. Mas me surpreendo pela baixa quantidade de leitura que eles têm.

Às vezes os meios de comunicação divulgam pesquisas onde informam que poucas pessoas atingem o número de 10 livros lidos em um período de um ano. Esta meta, apesar de baixa relativamente ao ideal que uma pessoa deveria ler é altíssima em relação ao que as pessoas realmente lêem. A maioria lê um livro no máximo ou nenhum. Agora pergunte o que aconteceu na A Fazenda da Record ontem à noite. Sabem timtim por timtim.

Em minha opinião, não importa o que você leia, desde que leia sempre. E, claro, que de vez em quando é bom a pessoa pegar um livro que exija mais do cérebro. Eu mesmo canso de ler algumas coisas que exigem muito. Então para não perder o ritmo, pego um livro mais fácil de ler e depois volto a ler algo mais desafiador. Se eu fico insistindo muito em um livro chato e difícil, perco a vontade de ler, encosto o livro e vou fazer alguma outra coisa. Aconteceu recentemente quando tentei ler Assim Falou Zaratustra. Estava muito chato e uma terrível interpretação de texto. Vi-me largando o livro e não tendo vontade de voltar. Abandonei e peguei outro livro mais tranqüilo. Deixei para voltar naquela literatura mais no futuro. No fundo acredito que as pessoas não lêem tanto pelo mesmo motivo que eu abandonei Nietsche, porque não entendem direito e porque se cansam fácil.

Não acho justo contar o número de livros lidos. Eu leio de tudo e às vezes pego livros com 150 páginas e outras com 940 páginas. Não acho justo contar como 2 livros lidos sendo que um tem 800 páginas a mais. Eu geralmente mantenho minha média de leitura através de páginas lidas. Eu quero ler, pelo menos 20 páginas por dia de qualquer livro. Podem parecer ridículo à primeira vista apenas 20 páginas, mas se contar que eu leio todo dia, basta multiplicar por 365 dias de um ano pra ver o tanto que eu leio. Acho que é um número razoável, mas não o ideal. O certo seria ler um livro por semana, coisa que não consigo atualmente.

Então, respondendo ao comentário das pessoas que me dizem “Nossa, você lê muito”, digo que eu não leio muito. Ler muito é comer um livro por semana ou por dia. Eu leio pouco, mas leio todo dia. De pouquinho em pouquinho chego lá.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Evolução da sexualidade

Acho muito interessante em descobrir comportamentos do ser humano que são inatos e instintivos independentes da cultura local que nos influencia. Quando nos vemos como espécies superiores no planeta, a única forma de vida que tem consciência de sua própria imortalidade, temos a idéia que comandamos nosso próprio destino sem interferência da natureza como acontece com os outros animais do planeta. Um cachorro tem o mesmo comportamento aqui no Brasil como na China sem terem se visto, trata-se de instinto.

Com o tempo vemos que também somos animais terrestres com instintos que vão além do nosso pensamento. Eu já tinha ouvido o Dráuzio Varella falar sobre os costumes dos gorilas na sociedade deles onde repetem alguns comportamentos que nós seres humanos temos em determinadas situações. Acho fascinante. Outro dia vi o Emílio Surita também filosofando sobre o tema e inserindo humor também, que é mais a sua praia e me fez refletir que eles têm razão.

Quando um homem olha pra uma mulher com uma bunda grande e tem desejo, é um instinto que está exercendo sobre sua escolha. Uma mulher com bunda grande e seios fartos indicam uma boa fêmea para gerar e criar sua prole. Uma mulher com atributos cavalares pode ter mais partos com filhos vivos e saudáveis.

Já a mulher gosta de caras mais viris e fortes. Não precisa ser bombadão, mas demonstrar que se precisar se defender de uma briga ele tem um físico próprio pra tal. A fêmea busca o macho para procriação de defesa da prole. Quer um cara que possa gerar filhos Daca vez mais saudáveis, que é o sentido da vida. As gerações futuras sempre são mais fortes que a anterior graças a esta seleção das espécies.

É o darwinismo que regula o universo. O mundo irá progredir se tudo melhorar. Uma doença se extinguirá se as pessoas que tem anticorpos insuficientes para combater o germe morrer. Antes da ação do homem, muitos animais se extinguiram porque eram fracos perante os desafios do mundo, geleiras, predadores, condições de vida etc. Hoje os animais que existem são os mais fortes, mais preparados para o mundo, melhores do que há mil anos. E daqui a mil anos no futuro existirão, se o homem deixar, animais muito mais fortes que os que existem hoje, inclusive o próprio ser humano.

O mundo é cruel mesmo. Nascemos para sofrer no planeta Terra. É como a parábola do leão e da gazela:

”Toda manhã a gazela acorda e sabe que terá que correr muito de um leão, para não morrer. Toda manhã o leão acorda e sabe que terá que correr muito atrás de uma gazela, para não morrer de fome. Portanto, quando o sol surgir, não importa se você é um leão ou uma gazela, com certeza será melhor começar a correr. “

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Metro lotado, pra variar

Atualmente o metrô de São Paulo não vive seus melhores dias. Já aconteceram vários acidentes em um curto período de tempo. O aumento indiscriminado de pessoas devido á união de ônibus e trem contribuíram para o metrô paulista se tornar o mais lotado do mundo e ultrapassar o nível de conforto de quantidade de gente em um metro quadrado.

São muitos os motivos que fazem do metrô um programão de índio. Horário de pico então, nem pensar. Aquela sua vontade de chegar em casa cedo tem sido bem dolorosa e desconfortável. Às vezes é melhor ir para um boteco, tomar uma cerveja e depois da hora do rush ir para o metrô.

Hoje passei um grande aperto e demora na circulação dos trens. Deve ter acontecido algum problema grave em algum ponto da linha, pois acabou atrapalhando a circulação dos demais trens de outras estações gerando grande número de passageiros nas plataformas e trens superlotados. Só conseguimos entrar no terceiro trem. Vimos muitas pessoas sentadas no chão das estações esperando um momento mais propício para entrar em um dos vagões. E isto não é o pior. O Pior é que não é uma coisa extraordinária. Ocorre todos os dias, já faz parte da rotina do paulista.

Eu, normalmente saindo do serviço, percorro apenas uma estação e depois faço a baldeação trocando de linha e em seguida sigo mais 5 estações até minha casa. Esta primeira estação é relativamente perto, mais ou menos 10 minutos andando de onde eu estou. Quando tenho vontade de caminhar, vou andando até a outra linha e assim economizo tempo e ainda faço um pequeno exercício. Mas quando estou com preguiça vou de metrô mesmo.

Depois que entrei e percebi o caos que se encontrava, me arrependi de não ter ido andando até a outra linha. Mas como já havia pago a passagem, não poderia mais sair. Muita gente deve pensar a mesma coisa. Se soubesse dos problemas, procuraria outros meios de locomoção ou mesmo faria outro programa mais interessante como ir pro bar. Se fosse avisado aos passageiros antes de embarcar que o lugar estava com problemas, aposto que a plataforma estaria com bem menos gente que tinha naquele momento.

Assim como acontece com os carros, já prevejo as rádios informando pontos de paradas e congestionamentos de trens, do mesmo jeito que fazem com o tráfego de carros nas grandes avenidas.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Voto indireto

Hoje acordo com essa notícia pra lá de absurda: Leandro do KLB vira deputado estadual. Cada vez mais a política vira um antro de populares sem estudo que só ganham voto por serem famosos, sem qualificação nenhuma para administrar uma cidade. Eles só concorrem para ganhar o polpudo salário público.

Eu nem conhecia este cidadão. Nas últimas eleições eu via a bizarra propaganda política do Kiko do KLB, seu irmão, e dava risada das tentativas dele ingressar na carreira política. Achava que nunca iriam elegê-lo. Mas os mecanismos brasileiros de eleição são muito ridículos e mal feitos que permitem a eleição de gente que não queremos.

Na verdade ele não recebeu nossos votos para assumir o cargo. Quem foi eleito foi o Ary Fossen, do PSDB. Não sei quem é este cidadão nem se ele seria melhor ou pior, mas o fato é que era ele quem tinha recebido a quantidade suficiente de votos para ser eleito e nada mais justo que assuma sua posição. O fato é que ele morreu. De acordo com as regras, o suplente assume. Mas os três suplentes seguintes assumiram o cargo de prefeitos em suas respectivas cidades. Então o Leandro do KLB é o quarto suplente da lista e está sendo empossado sem ter recebido voto direto.

Em minha opinião um político não deveria assumir um cargo político a menos que tenha recebido voto direto na sua pessoa. Deveriam excluir o cargo de suplente. Caso o titular não possa assumir o cargo, que seja chamado o próximo da lista mais bem votado pela população, mesmo que seja de outro partido.

A mesma coisa seria o cargo de vices. Se um prefeito, governador, presidente deixe o mandato por qualquer motivo que for, deveriam convocar novas eleições. O vice só ocuparia o cargo até que fossem contados todos os votos e eleito outro cara. O que vemos é que prefeitos largam o cargo pra concorrer a governador e governadores largam o cargo para concorrerem à presidente e temos que aturar os vices, pessoas que não conhecíamos e que não receberam nossos votos diretamente.

Outro caso em que políticos assumem cargos sem ter recebido votos diretamente é a questão de proporcionalidade de partidos na câmara. Quando Enéias, Tiririca ou Maluf recebem milhões de votos, ele divide com outros colegas de partido. Então vemos a bizarra situação de deputados eleitos que tiveram apenas 14 votos do povo, mas que foram ajudados por outro colega de partido. Quando um eleitor vota em Tiririca, está fazendo um grande mal para o país. Não só pelo coitado do Tiririca que está sendo eleito, mas também porque está elegendo mais uma meia dúzia de João ninguém que podem ser corruptos.

Enfim, estou revoltado.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Brasileiros defendendo outras seleções

Muitos jogadores de futebol brasileiros já defenderam outras seleções e ainda acontece hoje em dia. Antigamente era uma coisa mais fácil de fazer juridicamente. Com o tempo foram sendo criadas regras para que se naturalizasse em outro país. Hoje em dia um jogador que defende pelo menos um jogo em uma seleção já está barrado em outro país. E para defender outra seleção, sem ter um histórico consangüíneo com aquele país ele precisa estar jogando no campeonato deles pelo menos 5 anos seguidos. Mesmo assim, com tantas barreiras ainda tem muito brasileiro que já jogou em outros países como o Paulo Rink, na Alemanha, Marcos Senna na Espanha, Liédson e Deco em Portugal e o outros mais.

Claro que a gente fica um tanto enciumada com a situação. Sendo eles brasileiros, queremos que eles defendam nosso país como se fosse uma guerra. Quando resolvem jogar por outra pátria, são traidores. O futebol, como todo esporte coletivo, é uma representação moderna das guerras e conflitos territoriais de séculos atrás. Antigamente exércitos se enfrentavam e os vencedores bebiam o sangue dos oponentes numa taça. Hoje usamos bolas no lugar de espadas e no final também levantamos as taças que representam a vitória de nosso país. Um jogador que abandona nossa seleção é encarado como um desertor de sua pátria.

Hoje a gente não tem esta visão terrível de deserção, pois o esporte está mais profissionalizado. É um mercado de trabalho como outro qualquer mesmo tendo campeonatos onde opõe países contra países e isto faz levantar o espírito nacionalista. Hoje, depois de crescido, entendo melhor estes jogadores que atuam em outras seleções. Com raras exceções, os atletas só resolvem jogar em outra seleção quando percebem que não terão chances na seleção de seu país. O Brasil sempre teve muitos craques e o time só tem 11 jogadores. Um cara que é reserva do reserva no Brasil é muito melhor que o titular de outro país. É claro que os outros irão recebê-lo de braços abertos. É o mesmo que ocorre com o basquete norte-americano. Temos que entender a situação que a pessoa se encontra e no seu dilema. Ela também tem o direito de jogar uma Copa do Mundo, mesmo que seja por outro país.

Em longínquos anos de 1958, o grande jogador brasileiro Mazzola defendeu nossa seleção brilhantemente e se sagrou campeão junto com Pelé e Garrincha. Na copa seguinte ele defendeu a Itália, a qual se naturalizou. Lendo os registros da história futebolística eu sempre me perguntei por que ele decidiu mudar de país. Tudo bem que ele era descendente de italianos, mas ele era brasileiro e já era um grande jogador e já fazia parte da seleção brasileira. Sempre pensei que a decisão de mudar de país tinha sido por causa da sua família italiana ou por causa de dinheiro mesmo. Mas assisti uma entrevista dele no Programa do Jô recentemente e ele explicou a situação.

Na época o Brasil não convocava atletas que jogavam no exterior. Depois da copa de 1958 ele foi jogar na Itália e por esta razão não foi convocado. Ele guarda muita mágoa da época, pois queria defender seu país e não podia. Inclusive foi criticado e ofendido por jornalistas brasileiros que o chamavam de mercenário. Hoje em dia a maioria dos jogadores do mundo inteiro atua em países diferentes do seu, principalmente os brasileiros que estão em sua grande maioria na Europa. Agora as coisas se inverteram, é mais fácil ser chamado para a seleção jogando fora do que no Brasil. O Mazzola inclusive citou o caso do Julinho Botelho, um dos maiores pontas que já teve, que foi cortado da seleção e em seu lugar foi chamado o Garrincha. Claro que o Garrincha se tornou um dos melhores jogadores de todos os tempos, mas de acordo com Mazzola, na época o Julinho era melhor que Garrincha. Só não foi chamado, pois jogava na Fiorentina.

Acho muito bom quando se corrigem erros do passado como este. Mazzola e Julinho eram brasileiros e queriam defender seus países. Mas por causa da política da época não foi possível.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Desafios da televisão brasileira

É sabido que a audiência da televisão á não é tão alta quanto era há anos atrás. A cada ano que passa tem menos gente assistindo tv aberta, de acordo com os números do ibope. Muitas coisas podem explicar isto como as alternativas que as pessoas tem como cinema, teatro, livros, bares pra ir, amigos pra visitar, ou seja, uma vida social e não ociosa.

Mas isto não pode ser totalmente verdade. Todas essas coisas já existiam antigamente e mesmo assim o povo assistia muito mais tv. Uma das primeiras coisas que roubaram os telespectadores foi o advento da televisão paga, por assinatura. Desde que entrou na década de 90 tem aumentado cada vez mais por gente em busca de uma programação melhor e com mais opções. Mas mesmo assim a TV aberta é muito mais utilizada.

Depois disto foi a invenção do DVD. Antes tínhamos as fitas de VHS que eram bem utilizadas por aluguel nas vídeos-locadora. Mas depois do DVD e suas baratíssimas cópias piratas já não existia mais motivo pra ir ao cinema ou esperar o filme passar na televisão. Bastava comprar do camelo os melhores lançamentos de filmes do final de semana.

Ai chegou o grande veículo de comunicação que impacta todos os outros meios, a internet. Já não precisamos esperar o nosso programa favorito passar na tv. Basta entrar em um fite de compartilhamento e baixar o programa. Depois disto dificilmente assistia os meus seriados favoritos pela televisão. Os seriados têm uma cronologia específica e os canais estão cagando pra isso. Nós telespectadores exigimos rigorosa atenção a este fato e que seja transmitido legendado e sem cortes do original. Muitos canais de TV a cabo têm dublado e cortado várias partes para sobrar mais tempo aos seus comerciais e horários na grade brasileira. É um desrespeito ao consumidor. Graças a Deus agora nós temos uma alternativa barata e viável, apesar de ser pirataria. Se as emissoras quiserem recuperar seu público perdido por causa deste motivo, vão ter que remar muito contra a corrente.

Mas a melhor coisa que já aconteceu pra nós telespectadores foi o Youtube. Praticamente toda a programação televisiva da TV brasileira e quiçá mundial está estocada lá. Então agora não precisamos ver no horário que passa. Basta entrarmos no site quando tivermos tempo disponível e assistir ao seu programa preferido. Eu mesmo costumo assistir CQC, Pânico, Jô Soares, Agora é Tarde, Provocações, Café Filosófico e outros programas somente pela internet quando eu estou afim. Então muita gente, inclusive eu, não está sendo contado na audiência desses programas apesar de assistirmos.

Acredito que o futuro da televisão será na transmissão de eventos ao vivo. O gravado a gente á tem na internet. Eu mesmo só faço questão de assistir televisão em eventos esportivos como futebol, vôlei e jogos olímpicos. Também gosto de mesas redondas e telejornais. Esses tipos de programa não têm como. As televisões ainda serão necessárias principalmente no meio jornalístico.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Papo de sexo na infância

Em um podcats que ouvi recentemente, os convidados estavam conversando sobre como foi a primeira vez que aprenderam sobre sexo. Os pais chegaram e explicaram como a coisa funcionava? Inventaram historinhas bestas que fingem iludir uma criança como a cegonha? Como foi a sua vez?

Claro que as crianças tem muito mais contato com o sexo e a violência que gostaríamos. E elas são menos inocentes do que achamos. Basta lembra-nos de nossas próprias infâncias. Eu já sabia sobre sexo desde muito pequeno. Não lembro especificamente a primeira vez que ouvi falar disto, mas tive influência da televisão onde via filmes e novelas com cenas mais calientes. Se naquela época eu já via bastante coisa sobre o tema, imagino agora que só tem putaria em qualquer horário. Quando eu era pequeno era final da ditadura e os meios de comunicação ainda sofriam com censura prévia. Com o tempo foi piorando. Hoje um garoto já deve saber muito sobre o tema.

Outra fonte de informações são sempre os amiguinhos da rua e da escola. Eles falavam com tanta propriedade que pareciam os maiores comedores do mundo aos 10 anos ou menos. Hoje dá vontade de rir, claro, mas na época todo mundo se dizia muito experiente na arte do sexo e diziam ter comido várias. Eu, besta, acreditava e ficava com vergonha de ser virgem. Com tanto papo de sacanagem, a gente acaba aprendendo e formando sua própria imagem do que deve ser o ato.

Meus pais nunca me explicaram nada, nem tentaram. Eu, de sacanagem, uma vez abordei o assunto só pra ver o que eles falavam. Não lembro quantos anos tinha, mas era muito pequeno, talvez entre 6 e 9 anos. Já tinha visto muita revistinha pornô que passávamos entre os amigos e conversávamos muito enquanto meus pais achavam que eu ainda estava na época da inocência e da fantasia do faz de conta. Durante a exibição da novela das 8, a qual nós assistíamos todos juntos, uma personagem disse que iria “transar” com alguém. A frase passaria numa boa se eu não virasse pros meus pais e perguntasse: “O que é transar?” Eu estava testando-os.

Na hora meu pai deu uma gargalhada. Ele deve ter pensado “Fudeu! E agora?”. Repeti a pergunta diretamente para o meu pai e ele imediatamente disse que não fazia idéia do que era aquilo. Disse: “Não sei!”, enfaticamente. Então repeti a pergunta para minha mãe. Ela, mais política, tentou explicar que a palavra poderia significar várias coisas dependendo do contexto. Se usássemos transa como transação, seria a troca de um material pelo outro. Olha só que saída estratégica da minha mãe! Pra ficar mais claro minha intenção, perguntei o que significava a palavra no sentido que a personagem da novela tinha dado. Eu queria ver o que ela falaria, pois sabia que a transa era sobre sexo. Na hora minha mãe escapuliu e disse não saber também. Hoje, pensando sobre a situação, acho que ela sabia que eu sabia e resolveu não entrar no meu joguinho sujo sendo obrigada a explicar o assunto constrangedor para uma criança.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Filmes de terror psicológico e explícito

Quando vou explicar o gênero do terror para as pessoas que não tem o costume de assistir filmes assim eu mostro que têm dois tipos: o terror explícito e o psicológico. O explícito acho que está claro. São os que normalmente vemos classificados como isto, filmes com monstros, assassinos, demônios que matam a sangue frio com cenas de morte onde mostra tudo, sangue jorrando, faca entrando na pessoa, membro decepado e tudo o que há de horror.

Mas também tem o terror psicológico que é ótimo. Não precisa aparecer uma cena de morte na tela para fazer você ficar com medo. Basta passar uma sensação de pavor em relação à situação que a cena apresenta para você se cagar de medo. Muitos filmes com terror psicológico não são necessariamente do gênero terror, alguns são apenas thrillers ou suspenses.

Pena que o filme de terror explícito caiu numa vala onde as pessoas consideradas “normais” acham que são filmes descartáveis e que não prestam. E quem gosta são tachados de idiotas. Muita coisa ruim foi feita, realmente, mas tem muito filme bom, com roteiros fantásticos que merecem serem vistos apesar das cenas de mortes. Algumas pessoas não gostam e não conseguem ver filmes tão explícitos assim e é uma pena, só lamento de não poderem ver filmes com histórias fantásticas. Um exemplo de um bom filme deste tipo é O Albergue. Uma história muito boa que mostra uma faceta do ser humano de gostar de violência e mesmo assim ser um membro da sociedade. Ao mesmo tempo em que apresenta uma história intrigante, tem cenas onde nos dá agonia de assistir, até temos vontade de virar a cara para não ver o que está acontecendo.

Já os filmes com terror psicológico as pessoas respeitam mais. Se alguém quer dizer que gosta de terror e citar um deste tipo, os normais não vão te achar um freak, vão te respeitar. O psicológico é mais intelectual, mexe com os medos que todas as pessoas têm como o escuro, não saber quem está te atacando, espíritos, o desconhecido. As histórias geralmente começam tranqüilas como um filme normal, começam a acontecer coisas estranhas e o medo vai aumentando e levando o expectador junto. Quando chega a 70% ou 80% do filme, a pessoa já está subindo pelas paredes, suando frio de tensão, loucas em saber como sair daquela situação, isto sem ter nenhuma cena de morte explícita na tela. Um exemplo deste tipo é O Bebê de Rosemary. Conta a história da um casal onde uma mulher tem um sonho terrível de ter sido estuprada pelo diabo em pessoa. Quando acorda, o marido diz que deve ter sido um sonho. Mas as coisas começam a ficar louca quando ela fica grávida e as pessoas ao seu redor, inclusive seu marido, tem comportamentos estranhos. Aliás, vários filmes do Roman Polanski são este tipo.

E finalmente existem os filmes que misturam ambos os estilos. Têm tanto uma história com um terror psicológico quanto cenas de violência explícita na tela. São os meus preferidos, disparado. Um exemplo é Old Boy. Um filme coreano da mais alta qualidade, que faz parte da trilogia da vingança. Nele tem uma puta história onde um cara é seqüestrado, preso em um quarto sem janelas e mantido refém por 15 anos. Quando é libertado, ele quer achar o responsável por esta violência e perguntar o porquê. Mas além de outra história paralela que vai explicar o motivo do seqüestro que é bem interessante, as cenas são recheadas de masoquismo, com bastante sangue na tela. Eu fico realmente triste das pessoas não conhecerem este maravilhoso filme. E muitas nem vão querer assisti-lo. Uma pena.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Um mundo sem ninguém

Um mundo pós-apocalíptico com pouca ou nenhuma gente vivendo nele. Acho a idéia sensacional e fascinante. Á tinha lido algo parecido no livro do Marcelo Rubens Paiva chamado Black-out, agora leio novamente no A Dança da Morte, do Stephen King.

A gente já imagina imediatamente as coisas que faríamos se não houvesse ninguém no mundo. Assim como em Black-out, eu faria todas aquelas coisas ilegais que hoje não podemos fazer como andar pelado na rua, nadar no mar sem roupas, entrar nas lojas abandonadas e me vestir com roupas mais legais e outras coisas. No Black-out um dos personagens resolve subir no Cristo Redentor e pular de pára-quedas. Seria sensacional!

Eu provavelmente soltaria os animais do zoológico, mas claro que tentaria achar armas de fogo para me proteger de qualquer humano remanescente que possa me fazer mal. Escolheria um bom carro pra andar que esteja preparado para percorrer por terrenos acidentados como uma picape e também pegaria uma moto, pois provavelmente teria lugares onde estaria cheio de carros parados.

Mas viver num mundo sem ninguém não seria nada fácil, sem aquelas coisas legais que gostamos de fazer. Primeiro que uma hora a eletricidade iria acabar eventualmente. Sem ninguém pra trabalhar nas hidrelétricas. Não haveria mais tratamento de água então uma hora não teria mais água potável saindo das torneiras. Claro que conseguiríamos beber em garrafas d’água, galões, refrigerantes e caixas d’água, mas teríamos que nos mover para uma área mais próxima de um rio. Um lugar tropical e com calor seria ideal também, pois viver num lugar com neve sem aquecimento não deve ser nada fácil.

Não teríamos gente com conhecimento para nos ajudar. Nada de médicos. Então o cuidado com a saúde seria imprescindível. Pegaria livros “faça você mesmo” para tudo que eu achasse relevante. Se tiver uma dor de dente, azar o seu. Ou arranca o dente você mesmo ou se acostuma com a dor.

Uma hora os alimentos nos supermercados irão se estragar. Logo teríamos que aprender a fazer nosso próprio almoço. Então o objetivo seria a agricultura, criando uma plantação com tudo o que seria fácil administrar sozinho. Lembrar que para gerar alimentos rapidamente prontos para o consumo leva meses e tem que ser regados diariamente com grande quantidade de água. O deslocamento por grandes distâncias seria inviável, pois ao abandonarmos uma plantação, ela não gerará frutos. Aprender a pescar seria excelente, acho que não teríamos problemas em pegar uns peixes que agora seriam abundantes, pois a pesca cessaria sem grandes empresas explorando nossos rios.

Acho que eu escolheria uma casa ou mansão litorânea onde a vida possa ser agradável e tentaria achar uma companheira perdida que tenha sobrevivido. Viver sozinho na vida deve ser a coisa mais horrível, pior do que os problemas de sobrevivência que comentei. O ser humano é um animal feito pra viver em sociedade. Sozinho talvez morra.