quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Um mundo sem ninguém

Um mundo pós-apocalíptico com pouca ou nenhuma gente vivendo nele. Acho a idéia sensacional e fascinante. Á tinha lido algo parecido no livro do Marcelo Rubens Paiva chamado Black-out, agora leio novamente no A Dança da Morte, do Stephen King.

A gente já imagina imediatamente as coisas que faríamos se não houvesse ninguém no mundo. Assim como em Black-out, eu faria todas aquelas coisas ilegais que hoje não podemos fazer como andar pelado na rua, nadar no mar sem roupas, entrar nas lojas abandonadas e me vestir com roupas mais legais e outras coisas. No Black-out um dos personagens resolve subir no Cristo Redentor e pular de pára-quedas. Seria sensacional!

Eu provavelmente soltaria os animais do zoológico, mas claro que tentaria achar armas de fogo para me proteger de qualquer humano remanescente que possa me fazer mal. Escolheria um bom carro pra andar que esteja preparado para percorrer por terrenos acidentados como uma picape e também pegaria uma moto, pois provavelmente teria lugares onde estaria cheio de carros parados.

Mas viver num mundo sem ninguém não seria nada fácil, sem aquelas coisas legais que gostamos de fazer. Primeiro que uma hora a eletricidade iria acabar eventualmente. Sem ninguém pra trabalhar nas hidrelétricas. Não haveria mais tratamento de água então uma hora não teria mais água potável saindo das torneiras. Claro que conseguiríamos beber em garrafas d’água, galões, refrigerantes e caixas d’água, mas teríamos que nos mover para uma área mais próxima de um rio. Um lugar tropical e com calor seria ideal também, pois viver num lugar com neve sem aquecimento não deve ser nada fácil.

Não teríamos gente com conhecimento para nos ajudar. Nada de médicos. Então o cuidado com a saúde seria imprescindível. Pegaria livros “faça você mesmo” para tudo que eu achasse relevante. Se tiver uma dor de dente, azar o seu. Ou arranca o dente você mesmo ou se acostuma com a dor.

Uma hora os alimentos nos supermercados irão se estragar. Logo teríamos que aprender a fazer nosso próprio almoço. Então o objetivo seria a agricultura, criando uma plantação com tudo o que seria fácil administrar sozinho. Lembrar que para gerar alimentos rapidamente prontos para o consumo leva meses e tem que ser regados diariamente com grande quantidade de água. O deslocamento por grandes distâncias seria inviável, pois ao abandonarmos uma plantação, ela não gerará frutos. Aprender a pescar seria excelente, acho que não teríamos problemas em pegar uns peixes que agora seriam abundantes, pois a pesca cessaria sem grandes empresas explorando nossos rios.

Acho que eu escolheria uma casa ou mansão litorânea onde a vida possa ser agradável e tentaria achar uma companheira perdida que tenha sobrevivido. Viver sozinho na vida deve ser a coisa mais horrível, pior do que os problemas de sobrevivência que comentei. O ser humano é um animal feito pra viver em sociedade. Sozinho talvez morra.

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