quinta-feira, 4 de abril de 2013

Batida Policial

Neste final de semana fiz uma viagem onde percorri uma das rodovias de São Paulo. Em dois locais diferentes desta rodovia havia policiais fiscalizando alguns carros de passagem. Quando vamos nos aproximando, começam a surgir grandes cones de sinalização utilizados para obras ou para alertar os motoristas a desviarem o caminho. Neste caso eles usavam os cones para afunilar o transito e diminuir as 4 faixas em apenas uma onde poderia olhar melhor. É um saco quando isto acontece, pois o transito já não é perfeito quando está livre, ainda mais quando diminui para apenas uma faixa. Temos que reduzir drasticamente a velocidade e enfrentar um mini-congestionamento criado pelos policiais. Tudo bem que é por uma boa causa, fiscalizar e punir os contraventores, mas causa desconforto nos demais motoristas honestos.

Enfim, como eu tenho todos os documentos em dia e tudo certo, passei tranqüilo. Nunca fui parado por um policial para apresentar os documentos. Claro que a lei de Murphy só vai fazer um policial me parar quando existir algo de errado com o carro, senão não para. Os carros que são parados não devem ser nem 1% dos veículos que trafegam nas rodovias. Deve ser muito azar ser parado por um deles.

Mesmo assim meu pai já foi parado em uma dessas blitz na rodovia. Acho que eu tinha aproximadamente 5 anos de idade e me lembro muito bem como foi, claro que num olhar de uma criança. Íamos para Vinhedo, cidade 50km da capital paulista, toda a família no carro. Quando o policial mandou meu pai encostar eu fiquei preocupado. O que a polícia queria da gente? Nós não fizemos nada. O que vai acontecer? Minha mãe me acalmou e disse que ele só estava verificando, mas eu sentia que não estava assim tão tranqüilo. Nunca tinha tido nenhuma experiência com a polícia. Eu sabia que eles existiam, mas não tive nenhum tipo de contato. Tudo o que eu sabia era o que eu via no seriado Chip’s.

Eu vi o guarda rodoviário pedindo os documentos e meu pai os entregando. Ele ficou verificando e olhou dentro do carro para cada um dos ocupantes. Senti-me sendo examinado e torcendo pra ele não enxergar algo de errado. Parecia que tínhamos cometido algum crime e tentando esconder. O guarda devolveu os documentos e seguimos viagem. Achei muito emocionante a experiência. Pode parecer uma coisa besta, mas foi o ponto mais emocionante do meu dia. Fiquei imaginando o que iria acontecer se meu pai tivesse algo errado. Li na carteira de motorista do meu pai que era obrigatório o uso dos óculos. E se ele estivesse sem? Será que ele seria preso? Iam levar o carro? E a gente? A mente de uma criança começa a fantasiar.

Claro que de volta pra São Paulo eu contei para meus amiguinhos da escola que fomos parados pela polícia, imaginando em minha mente algum filme policial, como se fossemos fora-da-lei. Cuidado com a gente!

Um comentário:

  1. Uma vez pararam meu pai na estrada. Deu uma raiva porque o policial se achava afff.
    Big Beijos

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