sexta-feira, 31 de maio de 2013

Medo

O Saulo mais uma vez insistia para que sua amiga Ester fizesse algo de bom e deixasse que as amarras da vida bloqueassem suas ações.

- Ester, pare de ter medo de tudo. Não tenha medo de se arriscar, de cometer erros, da resposta negativa. Encare tudo isto como um aprendizado.

- É muito fácil falar, Saulo. Este discurso do politicamente correto é bonito de se falar, mas na prática as coisas não acontecem como nos contos de fadas. A vida é difícil.

- Não pense deste modo negativo Ester. O negativo atrai mais coisas negativas, vira uma bola de neve interminável. Só você pode parar o círculo vicioso, mesmo que no início seja difícil.

Ela pensou uns instantes, incomodada pelo o que ele falou. Ela até achava que o que ele dizia fazia sentido e refletiu por uns instantes se seria possível tomar uma atitude positiva mesmo que não fizesse sentido no início.

- Eu sei que você tem razão Saulo. Mas acho que não adianta nada. Se eu mudar, as coisas vão continuar as mesmas. Eu vou mudar apenas por fora, para que as pessoas olhem pra mim e acreditem que eu realmente mudei. Mas sei que por dentro eu não mudei, continuo a mesma. Será só fachada, falso, apenas uma maquiagem, cobrindo tudo aquilo que sinto por dentro para que as pessoas gostem de mim.

- Não tem problema Ester. Tudo o que eu lhe peço é que tente. Mesmo que você não acredite no início, continue insistindo na tecla da mudança. As coisas vão mudar com o tempo, aos poucos o que você faz acaba mudando o seu interior. Do mesmo jeito que quando você pensa negativo atrai ações negativas, eu acho que se você fizer ações positivas atrairá pensamentos otimistas da mesma forma. Com o tempo sua mente começa a acreditar no que você estará fazendo. Mas tudo isto só acontecerá se você tiver perseverança e quiser realmente mudar.

Ester se irritou com o rumo que a conversa estava tendo. Ele insistia na mesma tecla invasiva e ela se incomodava com isto.

- Mas este é o problema. – disse Ester. Não sei se quero mudar. Na verdade quero e não quero ao mesmo tempo, é estranho até de tentar explicar pra você. Eu até quero mudar, mas tudo o que eu já tentei na vida deu errado. Essas coisas trazem muita dor. Viver é dor. Não quero passar por estes momentos de novo. Eu até entendo que não posso me acomodar, mas eu já tentei antes e não funcionou. Do que adianta ficar tentando, quebrar a cara e nada mudar. Você diz que eu ao tento mudar, mas não é verdade. Eu já tentei muito e só me ferrei. Já estou um pouco resignada em aceitar a minha condição miserável.

- Não pense assim. Por que Deus criaria alguém sem valor? Não tem sentido na sua história. Todo mundo tem o seu valor e a sua beleza. Não sou tão religioso assim, mas acredito que fomos criados pra conquistar tudo o que queremos. Nossos sonhos são possíveis, se tivermos perseverança e não nos abatermos como os problemas da vida. Saulo pensou por um momento. Ela estava aparentemente nervosa. A conversa não estava progredindo e ele não conseguiria fazê-la mudar de idéia. Tentou explicar o que ele estava pensando de outra forma.

- Ester, vou tentar explicar contando sobre uma coisa que li na internet. Não sei se é verdade ou não, mas é apenas ilustrativa.

Dizem que quando o circo compra um elefante para aparecer em suas atrações, eles contratam um domador para ensinar uns truques. Mas como o animal é muito grande não existem jaulas imensas para acomodá-lo. E circos itinerantes não dispõem de estábulos grandes ou armazéns para acomodá-los. É preciso prendê-los ao ar livre mesmo com correntes muito grossas em estacas fincadas no chão. O elefante é um animal muito forte, por isto as correntes são imensas.

Quando criança, o elefante tenta fugir várias vezes quase todo dia, mas nunca consegue por causa das correntes. Com o tempo ele vai diminuindo às vezes em que tenta escapar até um momento que aceita seu cativeiro e desiste da fuga. Dizem que quando adulto o elefante, se quisesse, até poderia arrancar as correntes já que possui uma força bem maior de quando era criança, mas ele nunca mais tentou escapar. Outros contam que podem até amarrar um barbante na perna do elefante no lugar das correntes que o bicho não tentará fugir com a lembrança da época que tinha correntes. Sua mente já está condicionada a aceitar que nunca conseguirá fugir.

- Este animal da história é você Ester. Você deixou o medo da decepção tomar uma proporção maior do que você acha e que nunca irá superá-las. Mas é um erro. Cada situação é diferente da outra.

Aparentemente Ester entendeu e ficou pensativa, achando até graça na história do elefante, achando-o tolo por não tentar escapar quando está apenas com um barbante prendendo sua perna.

- Saulo, eu te entendi. Fazendo uma analogia, do mesmo modo que você fez antes, eu encaro os desafios como uma cerca eletrificada. Se eu todo uma vez, dá choque. Duas, dá choque. Depois da décima quinta eu não terei vontade de tocar lá. Mesmo que alguém desligue a energia, eu terei medo de tocar naquela cerca. Eu sei que ela me faz mal. Como posso saber se ela não vai me dar choque de novo? Não quero tocar só pra conferir se a energia ainda está correndo. Tudo bem que você me diz pra nunca desistir e sempre tentar de novo. Mas é terrível pra alguém que já levou tanto choque antes.

- Mas.. – Saulo tentou contra argumentar, mas foi interrompido pela Ester.

- Saulo, você tem que olhar no meu ponto de vista também. Não adianta olhar de cima e querer ditar regras como alguém superior. Eu já entendi seu recado. Vou pensar mais sobre isto. Não entenda mal, cada um tem um tempo de absorção. Eu preciso de um tempo para refletir. Obrigada pelas palavras de incentivo, mas gostaria de encerrar a discussão. Captei a mensagem.

Neste ponto Saulo achou que não adiantaria falar mais, seria como dar murros em ponta de faca. Mas concluiu que sua conversa teve algum efeito em sua amiga. Mesmo que mínimo, já valeu para fazê-la pensar no assunto.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Mato da calçada

Situação surreal aconteceu hoje de manhã. Estava eu caminhando numa rua calma e residencial próxima de casa, rua de pouco movimento que fica ao lado de uma grande avenida movimentada, mas que não serve de ligação para os carros. Na curva desta rua tem um muro que dá acesso a um terreno baldio de propriedade da prefeitura. A calçada esta um pouco deteriorada e não dá pra caminhar por ela, sendo necessário irmos pela sarjeta ou pela rua mesmo para passar por aquele local. E existem grama e mato crescendo no chão e pelo muro, fazendo sua travessia ser ainda mais incomoda. Não tem tido cuidados da prefeitura há algum tempo, mas este local não é muito grande, deve ter uns 10 ou 15 metros de calçada em má situação. O resto está bom.

De repente um carro passou por mim e parou em seguida a alguns metros em frente a esta calçada com mato. O motorista desceu do carro calmamente tirou um saquinho plástico do bolso, se abaixou e começou a arrancar o mato do chão e colocá-lo dentro do saquinho. Fiquei curioso com a situação e me perguntando por que ele estava fazendo aquilo. Não fiquei para ver o que ele ia fazer com aquilo, mas fiquei imaginando na minha cabeça.

Não era maconha nem nada que pudesse fumar. Ele não ia fazer chá de grama, a não ser que fosse um hippie naturalista que vê um contato com a natureza em qualquer coisa. Não era nenhum tipo de erva especial, apenas mato, erva daninha.

Então pensei que talvez o cara estivesse pensando em cuidar daquele local, limpar o lugar, um pensamento altruísta e cidadão, cuidar de um bem público onde ele vive para o bem de si e de outros sem ganhar nada por isto. Seria uma ação nobre, mas discordo, não pode ter sido isto. Ele não iria resolver o problema apenas com um saquinho de supermercado e arrancando com a mão. Se ele quisesse fazer algum efeito, que trouxesse ferramentas para isto como uma enxada ou uma tesoura de jardim, um saco de lixo grande talvez.

Fora que ele não era morador da rua, pois veio de carro. Se ele resolveu cuidar daquele lugar, era um cara de fora que talvez passou ali e se indignou co a situação do muro. Se ele vem e longo, de carro, poderia muito bem trazer ferramentas, mas não. Outra que já era um horário avançado, durante a semana, então o cara não trabalhava das 8h às 17h, não deveria ter um emprego fixo. Resolveu arrancar mato do chão pra fazer o que? Mistério.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

1ºrodada - Brasileirão/2013 - Cartola

Primeira rodada do campeonato brasileiro de futebol e já quebrei a cara. Nada do que eu imaginava aconteceu. Provavelmente minhas escolhas no Cartola se saíram bem erradas, se bem que tem jogador que pode ter se saído bem apesar da derrota do time.

Depois da vitória acachapante do Vitória sobre o Bahia, imaginei que o sangue dos baianos estaria fervendo por mais uma presa e iriam começar o campeonato a todo o vapor. Claro que escalei um jogador deles no meu time, mas infelizmente perderam do Internacional por 2x1.

A Ponte Preta fez um bom campeonato Paulista. Foi um dos últimos times do interior a ser eliminado junto com o aguerrido Mogi Mirim. Tudo bem que perdeu humilhantemente para o Corinthians de quatro a zero, mas mesmo assim confiava no conjunto de seu time. Ele iria enfrentar o São Paulo e eu esperava um time forte e difícil de ser batido. Podia até perder para o São Paulo, mas não seria fácil. Escalei pelo menos uns 2 jogadores. Ao assistir o jogo vi que a equipe estava muito mal preparada, diferente do Paulistão. Acho que vai lutar junto com a Lusinha para não cair.

Corinthians e Botafogo. O Botafogo ganhou fácil o campeonato Carioca, mas nos últimos dias tem tido uma pequena crise com atraso de salários e recusa em fazer a concentração por parte dos jogadores. Eles decidiram boicotá-la e chegar apenas na hora do jogo. Imaginei que este pequeno tumulto seria suficiente para fazê-lo ser uma presa fácil aos corintianos. Já no lado paulista só sobrou o Brasileirão para se recuperar de um revés no torneio sul americano. Escalei o Danilo, excelente jogador corintiano que estava muito barato no cartola: 5 cartoletas, uma pechincha. Deu tudo errado. O Botafogo se mostrou um time muito forte a ser batido, marcação junto aos jogadores similar àquela que vi do Borússia contra o Bayer na copa dos Campeões. Não deixou espaço para os corintianos e só não saiu vencedor do Pacaembu graças a um gol contra do Marcelo Mattos. E pra piorar o Danilo saiu no intervalo por problemas físicos. Só quero ver a nota que ele vai ter no Cartola.

Já os outros resultados foram péssimos. Acreditava que o Atlético-MG ganharia fácil do Coritiba, mas aconteceu o contrário. Já no Rio, eu fiquei sabendo que o Fluminense entraria com um time reserva contra o Atlético-PR, então escalei uns dois paranaenses no meu time. Os cariocas ganharam. O único resultado que deu certo pra mim foi do Cruzeiro. Mas se eu soubesse que seria de cinco a zero, tinha escalado mais gente.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pitbulls on Crack

Diariamente na minha rotina antes do trabalho atravesso a um viaduto caminhando que dá acesso ao Parque São Domingos onde muitas pessoas aproveitam a manhã para caminhar, correr e passear com seus cães. Vejo que em muitos lugares são aceitos cachorros soltos ou na coleira, lugares públicos. No passado isto não era tão comum como acontece nos dias atuais. Hoje as dondocas levam seus poodles no shopping, crianças entram com seus cães nos parques e tem gente que caminha com seu cachorro sem coleira ao lado.

Eu fico um pouco incomodado com a situação. Adoro cachorros, mas tem lugar pra tudo. Entrar com eles em estabelecimentos fechados só é permitido, a meu ver, aos cães guia. Cachorro é pra ficar em casa preso. E se sair, que seja na coleira. E se for um cão de raça violenta, tem que pôr aquela mordaça. Tudo isto funcionaria num país evoluído. Claro que no Brasil não funciona deste jeito. Até aceito alguns cachorros que são treinados e fazem absolutamente tudo o que o dono manda, sem se desgarrar dele.

Outro dia eu estava caminhando neste parque e vi dois cachorros soltos. Meu sentido de aranha apitou o alerta e fiquei de olho. O cachorro é um animal irracional e selvagem, domesticado artificialmente pelo homem. Nunca se pode confiar 100% em um animal que não tem a consciência do ser humano. Depois de algum tempo percebi uma mulher caminhando atrás deles então concluí que eles pertenciam a ela. Eles caminhavam à frente e de vez em quando olhavam pra trás pra se certificarem que ela estava vindo.

Todos os dias cruzo com um rapaz que corre com um cachorro ao lado. O cachorro está sempre carregando um objeto na boca, não sei dizer o que é. Mas os dois sempre estão lado a lado, sem qualquer suspeita de que o cão resolva de repente ir para outro lado, apesar de ser um pittbull. Este é um exemplo de que o cachorro pode sim sair sem coleira sem perigo.

Hoje eu ia começar a atravessar o viaduto que dá acesso ao parque e ao mesmo tempo estava vindo outro pedestre. Virei para a direita para não trombarmos quando de repente apareceu um puta dum rottweiler gigante que estava vindo atrás deste cara e ficou a minha frente. Deu aquela sensação de perigo numa fração de segundo que logo sumiu, pois o cachorro não estava interessado em mim. Ele virou em minha direção apenas para desviar deste cara que estava vindo na minha direção e em seguida continuou em seu caminho. Ele tinha uma coleira e aparentemente pertencia a alguém. Mas não vi ninguém próximo. Depois do rápido susto continuei caminhando e cheguei até a olhar pra trás pra ver se via o rottweiler, mas ele havia desaparecido. Achei muito estranha a situação.

Quando cheguei ao meio do viaduto, encontrei com aquele rapaz que anda com o pittbull e ele estava indignado e revoltado. Perguntou se eu tinha visto aquele pittbull e eu confirmei. Ele disse que esse pittbull tinha atacado o rottweiler do nada sem motivo chegando a feri-lo. O rapaz tinha um daquelas arminhas de choque, talvez para controle do seu próprio cão em alguma emergência, e usou-a para afastar o rottweiler. O focinho do pittbull estava todo sangrando e ele parecia manso.

Concordei com sua indignação. Imagina se esse rottweiler ataca uma pessoa ou ainda pior, uma criança! O cachorro pertencia a alguém e este deveria ser punido severamente. Que espécie de pessoa tem um cachorro tão perigoso assim e não tem responsabilidade o suficiente para não deixar seu cão escapar. E agora, já em casa, me lembrei daquela mulher que tinha cruzado no outro dia. Ela tinha um rottweiler igualzinho e suspeito que seja ela a dona. Desprezo as pessoas que não tem esta consciência.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Centro Espírita em Pirituba

Sempre tive curiosidade e na semana passada visitei um centro espírita pela primeira vez. Aproveitei da disponibilidade da tarde que tive e acompanhei meu pai que bate cartão toda quarta feira. Todos os dias têm alguma atividade diferente neste lugar, mas meu pai gosta de ir neste dia onde toda quarta feira uma pessoa diferente é convidada a dar uma palestra. Já li muitos livros espíritas e formei uma imagem do lugar em minha mente. Gosto muito da doutrina espírita, não é tudo que eu concorde 100%, mas pode-se dizer que é a que eu mais simpatizo em relação a todos os credos disponíveis no mercado.

Chegamos tranquilamente e vi que a sala onde se realiza a palestra e relativamente pequena. Na verdade é uma casa normal que eles aparentemente alugaram para realizar seus encontros, mas bem agradável. Sentamos e começamos a conversar enquanto os outros estavam chegando.

Existe um orador oficial das atividades. Quando teve o início das atividades ele fez uma oração do pai nosso e neste momento toda a sala se acendeu luzes azuis dando um aspecto meio divino. Ao terminar, as luzes retornaram e começaram-se os recados. Informou das atividades que o centro realiza, doações aos pobres, a biblioteca de livros espíritas que existe no local para consulta gratuita, um encontro que planejam fazer etc. Esse cara é muito espirituoso e toda notícia que deu tinha uma piadinha embutida fazendo o ambiente se tornar cada vez mais descontraído e agradável.

Logo em seguida o palestrante tomou o posto no totem. Neste dia o convidado foi William Sanches, jornalista que atua em diversos meios de comunicação e também é professor universitário. Sua palestra foi boa e bem auto-ajuda. Falou sobre os rótulos que todos nós temos e de como também rotulamos as pessoas. Comentou sobre as mágoas que nos criamos em nossas vidas e disse para sempre buscarmos realizar os sonhos que temos, criar em nossas mentes a frase “E se eu fosse feliz? |Que caminho adotar”. Falou que as pessoas normalmente gostam de tragédia e tem preconceitos. E que devemos cultivar mais o amor e a gentileza.

Logo depois começou a sessão de passes. Existe uma sala ao lado desta primeira onde é realizado o procedimento. Pensei que a ida era espontânea e só ia quem quisesse. Mas fui vendo que todos tinham que ir. A ordem era de trás para frente, uma mulher ia indicando quem poderia entrar na sala já que só comportava sete pessoas de cada vez. Durante a entrada e saída das pessoas na sala, aquele cara do início ia lendo trechos da bíblia com uma música calma no fundo. Quando chegaram nossas vezes ela tocou levemente em nossos ombros indicando que podíamos ir e nos direcionamos até a porta. Quando entramos, ai sim a imagem que tive foi como na minha imaginação. Lá dentro, em frente às cadeiras que sentamos, tinham sete pessoas todas com roupas brancas nos esperando como se fossem a tropa de choque celestial pronta pra tirar as impurezas de nossos corpos. Eles realizam os procedimentos em silêncio e de vez e no final dão uma mensagem positiva tipo “que Deus te acompanhe” ou coisa parecida. Ao sair da sala, passamos por uma mesa onde tem vários copos d’água nos esperando, então devemos beber um e voltar aos nossos lugares. Todos passam pela sala incluindo as crianças que estavam em outra sala só para jovens e no final os que estavam trabalhando no local (as moças, o palestrante e o cara do início das atividades). Passa uma idéia de igualdade entre todos.

No final o cara dá mais alguns recadinhos. Apagam-se as luzes, voltam-se as luzes azuis e é rezado mais um pai nosso. Ai sim se encerra as atividades e todos nós podemos ir pra casa. Achei bastante positiva a experiência. Não poderei repetir com freqüência já que o horário de início coincide com o final do meu período de trabalho. Mas assim que possível quero ir novamente. É bem menos barulhento do que outras igrejas da moda por ai, e não somos atacados pra tirar o demônio do corpo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mentes Ansiosas

Medo e ansiedade além dos limites

Achei este livro perdido na estante de casa lido por algum membro da minha família e resolvi lê-lo quando estava no intervalo de alguma outra leitura. Me considero bastante ansioso, provocando alguns problemas pra mim como o excesso de peso, já que como até sem fome, e nervosismo para que as coisas se acelerem. Acho que tudo é lento demais, mas acaba me atrapalhando a concentração e o foco. Achei que encontraria a resposta neste livro. Não foi exatamente o que encontrei, mas a autora tenta descrever todos os comportamentos de uma pessoa neste estado.

A descrição de problemas nos faz perceber o quanto estamos errados, pois ao ler parece que estamos lendo os problemas de outra pessoa, mas acontece que são os mesmos problemas que nos atinge. Quando lemos problemas dos outros, geralmente temos a atitude prepotente de saber o que fazer. Ao propor ações para a resolução dos problemas nos sentimos superiores. É curioso quando fazemos isto, mas percebemos que estamos ajudando a nós mesmos.

A autora não lidou com o assunto do jeito que eu pensei. Ela fez uma análise de todos os tipos de transtornos que uma pessoa pode ter que envolva a ansiedade. Resumidamente, todo tipo de transtorno tem uma fonte: o medo. Não importa o quão ansioso você seja, ele provém de algum medo de sua vida. Ela começa com a simples ansiedade indo para o transtorno do pânico, o caso mais forte, até chegar ao agorafobia, que deve ser o caso mais forte de medo social onde a pessoa não consegue nem sair de casa.

Percebi que todos os tipos de transtorno que ela cita em seu livro derivam de um comportamento e um sentimento normal na vida de qualquer ser humano. Para se viver em sociedade, temos que ter vários tipos de atitudes na vida para sobrevivermos. Devemos respeitar os horários, tomar banho, sair de casa na hora certa pra chegar ao serviço, checar se a porta está trancada antes de sair, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, ter cuidado para não pisar num buraco no chão, ter cuidado com cachorros soltos na rua, ter cuidado com bandidos na rua e não ficar expondo seu dinheiro, etc. O problema é quando todos estes cuidados se tornam obsessivos atrapalhando sua vida normal. Li um relato de uma mulher que achava que seus dentes estavam sempre sujos, então os escovava sempre. É um comportamento saudável cuidar dos dentes. Mas ela escovava tanto que perdeu alguns dentes e ficou com problemas na gengiva.

Eu acho alguns comportamentos necessários em uma cidade grande como São Paulo ou Rio de Janeiro. Só andando alerta é que se evita muitos assaltos. Mas a gente acaba perdendo a tranqüilidade da vida vivendo 100% alerta.

Já a solução da autora em todos os casos é psicoterapia cognitivo-comportamental, ou seja, consultas ao psicólogo ou psiquiatra. Em alguns casos ela diz que o uso de remédios é necessário.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Protocolo Bluehand: Alienígenas

Sou fã do podcast Nerdcast e não deixo de baixar seus programas toda sexta feira. Para quem os conhece, além do Azaghal e do Jovem Nerd, os convidados para participar do programa e amigos dos fundadores do site são muito bons e cada um tem uma particularidade especial. Um dos integrantes, o Bluehand, conhecido por seu grande conhecimento em ciências e história, inventou o protocolo bluehand na brincadeira, que consiste em um suposto livro de regras para sobreviver em um apocalipse zumbi, assim como fizeram no filme Zumbilândia.

Em muitos programas eles brincaram com a idéia e diziam para em caso do aparecimento de zumbis na vida real, que procurasse imediatamente Bluehand. Este ia chegou! Zumbis? Não. A criação do tal protocolo. Mas para confundir mais ainda as cabeças dos ouvintes e leitores, eles criaram um livro de regras para enfrentar outro inimigo: uma invasão alienígena. Baseado muito em filmes de ficção científica e terror, estes filmes de zumbis e alienígenas trazem grande prazer para uma boa parte do público, eu incluído. O livro serve bastante como recapitulação e muitas coisas abordadas em alguns dos melhores filmes.

Não tive como não comprar um exemplar do livro. A curiosidade era muita. Mas minha expectativa apesar de grande, estava esperando um livro mais popularesco, mais uma reunião de várias cenas de filmes, quadrinhos e livros sobre o assunto, mas me surpreendi com a pesquisa feita. Acredito que um dos autores, o Eduardo Spohr teve grande participação neste quesito.

Para os amantes da ufologia, este livro traz bastante informação sobre os relatos de vários acontecimentos envolvendo governos do mundo como o norte-americano, o soviético e o chinês, cada um tendo pesquisas e experiências com entidades extraterrestres. Como estes três países têm programas espaciais, provavelmente deve ter tido contato com algumas coisas muito estranhas no espaço. Mesmo sendo aficionado pelo assunto, nunca tinha ouvido falar sobre os programas espaciais russos e chineses relatados nos livros. A gente acaba recebendo muita coisa dos Estados Unidos e ignora a contribuição do resto do mundo.

Outra contribuição do Spohr é a reunião dos 6 tipos de alienígenas já avistados e reportados na história da humanidade, separados e catalogados. Cada um com comportamentos específicos e motivações diferentes. Eles separaram de um jeito muito parecido com o que Spohr fez na Batalha do Apocalipse com os anjos. Assim como os Deuses eram Astronautas, reuniram várias histórias de nossa pré-história para encaixar os tipos de alienígenas visitantes em cada uma das civilizações da antiguidade. E de acordo com o livro, todas as espécies são evil, do mal. Nenhuma é como o ET que só vem fazer o bem. E cada uma tem um nível de maldade, uns mais agressivos do que os outros.

No final tem varias informações de o que fazer quando a tal invasão alienígena acontecer, o famoso protocolo Bluehand. Acredito que pode ser usado pra qualquer invasão, tanto alienígena quanto zumbis e, vou além, qualquer invasão humana também. Se a Argentina resolver invadir o Brasil com um exército nazista querendo matar todos os brasileiros, podemos usar este protocolo para a sobrevivência da população civil.

Acredito que seja um livro de nicho, só quem gosta do assunto irá procurar esta leitura. Mas grande parte do livro diz sobre a história dos governos em esconder muitas informações de investigações reais sobre óvnis e que estão em documentos divulgados. Mesmo que não aprecie histórias fictícias de alienígenas, esta parte é muito interessante para qualquer um.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Marcador de página

Meu tempo de leitura se baseia muito no transporte público. A grande maioria do tempo que eu gasto lendo é durante viagens de trem, metro e ônibus. Já que perdemos tanto tempo no transito paulista, resolvi usar este tempo perdido em algo útil. Já li vários livros tanto no percurso casa-trabalho quanto para outros lugares. Dificilmente alguém me encontrará nas ruas sem estar carregando um livro debaixo do braço.

Apesar dos benefícios, existe um problema em ler no transito: o excesso de paradas que devemos fazer na nossa leitura. Ao fazer transferências entre as várias linhas de trem e metro de São Paulo, eu sou obrigado a interromper minha leitura, trafegar caminhando para a próxima plataforma, entrar no trem seguinte e voltar ao texto no momento que parei. O mesmo ocorre com ônibus quando tempo que parar para dar passagem para alguém. Com isto a gente tem que adotar certas técnicas de marcação para retomar a leitura exatamente no ponto que paramos. É terrível pegar o livro e não saber o local exato e ter que reler toda uma parte que já foi lida anteriormente.

A melhor forma de se parar em algum lugar do livro para retomá-lo mais tarde é sem dúvida nenhuma o fim do capítulo. A história que está sendo contada geralmente tem pausas e mudanças de ritmo de acordo termino de ler um capítulo, episódio ou um arco. Quando voltarmos ao livro, sabemos que a história terá um novo início em um novo ângulo da próxima vez, ajudando o leitor a embarcar sem problemas na narração. O segundo melhor lugar são os sub-capítulos dentro de um grande capítulo. Em alguns livros, não todos, tem subdivisões dentro de um capítulo, às vezes apenas pequenos espaçamentos que ajudam o leitor a separar duas partes da mesma história que está sendo contada. Essas separações também são úteis.

Muitas vezes somos obrigados a interromper a leitura em um momento que o final do capítulo ainda está longe, então eu adoto a técnica de terminar a leitura da página que estou lendo e fazer minha marcação na página seguinte não lida e de preferência a página esquerda. Se o parágrafo da página lida continuar e terminar na página seguinte, eu leio-o até o final. Então sei que meu marcador está indicando que minha nova leitura deve começar no primeiro parágrafo da página a esquerda.

Em situações muito urgentes ou inusitadas, sou obrigado a interromper minha leitura antes que dê tempo de terminar minha página direita, não sendo possível fazer minha marcação na próxima página à esquerda. Então tenho outra técnica. Meu marcador de páginas sempre tem as duas faces diferentes uma da outra. Tenho que ter em mente qual lado vai me indicar qual página está marcada. Quando colocamos um marcador no meio do livro, ele está indicando que minha leitura parou ali, mas não indica se é a página da direita ou da esquerda. No meu marcador, o lado mais claro sempre indica qual página está marcada. Atualmente uso um onde de um lado é cinza e de outro é azul. Logo se o cinza estiver virado pra direita, é lá que eu parei logo no primeiro parágrafo.

Ler no transporte público é dificílimo e às vezes não consigo fazer minhas marcações. Não é raro eu sair do trem lendo e caminhando sem olhar para frente tentando terminar a página que estou lendo pra marcar a seguinte. Ao andar, tenho outra técnica que nem sei como consigo. Mas como temos uma visão periférica, ao ler um livro também vejo ao mesmo tempo se tem gente vindo ao meu encontro e desvio.

Várias vezes desço em alguma estação e ao invés de prosseguir no meu caminho, paro, sento e termino minha leitura até chegar a um ponto onde posso marcar confortavelmente. Só assim volto á minha vida rotineira.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Contradições – caminhadas

A melhor forma de conseguir sucesso em qualquer coisa é a informação. Quanto mais informação e conhecimento, melhor se sairá em relação a qualquer área. Conhecimento mais experiência mais sorte e oportunidade geral o sucesso. Sempre que quero melhorar em algo sei que só depende do meu esforço e conhecimento, então tento ler o máximo sobre o assunto e me esforçar em praticar aquilo que li. Claro que nem sempre consigo, mas sempre é útil a informação.

Estou lendo algo sobre alimentação e exercícios pra ver se consigo diminuir os pneus. Mas neste caso vejo empiricamente que o excesso de informação pode ser prejudicial à aplicação da fórmula. Às vezes leio algo em algum artigo que é desmentido pelo artigo seguinte. Os profissionais da área não têm coerência e não chegam a um mesmo resultado. Acho muito curioso e esquisito que eles estudam e lêem o mesmo material e divulgam diferentes modos de aplicação. Em alguns casos como a filosofia e economia e em outras áreas não exatas, até podemos debate e chegar a conclusões diferentes, mas na área médica não deveria acontecer isto.

No livro que estou lendo, o autor diz que a quantidade de exercícios nem sempre vale a pena. Segundo ele não adianta praticar exercícios que durem muito mais que meia hora, pois o excesso vai gerar apenas desgaste e não vai proporcionar o benefício que queremos como perda de gordura ou aumento de músculos. Ele diz que dois exercícios de meia hora são melhores do que uma hora de exercícios prolongado. Este conselho vai de encontro com outro que eu tinha antes.

Até hoje eu tinha a informação que qualquer exercício que você faz só vai começar a fazer efeito depois da primeira hora. Em uma caminhada, a perda de gordura só cai acontecer depois de 30 ou 40 minutos, sendo uma hora o ideal. Então não adiantava nada caminhar meia hora apenas. Como conciliar as duas informações sendo que elas são contraditórias? Ou eu escolho apenas um cara e sigo-o até a morte ou eu faço a minha própria rotina de acordo com minhas convicções e demito-os da minha vida.

Em outra fonte que li, a duração do exercício depende muito da intensidade que você aplica nele. Neste artigo vi um exemplo de exercício que é feito apenas em 15 minutos, aquele tempinho ótimo para pessoas muito atarefadas que trabalham o dia inteiro e não tem tempo pra nada. Por mais ocupado que esteja, 15 minutos todo mundo tem, não adianta vir com desculpas dizendo que não tem 15 minutos disponíveis na vida. Impossível. Sendo assim, nestes 15 minutos a pessoa deve aplicar uma carga alta de esforço que faça valer o tempo. Então neste artigo são demonstrados alguns pequenos exercícios com pouco descanso entre eles que de acordo com o autor são tão eficientes quanto os outros que duram uma hora.

Então através de tanto artigo contraditório, cheguei à seguinte conclusão: quanto mais tempo tenho disponível, sempre é bom praticar exercícios. Se eu tenho duas horas disponíveis e estou com disposição, vou praticar exercícios durante todo este tempo. Mal não deve fazer. Mas acho que uma hora diária é o mínimo que alguém deveria praticar. Acho uma hora diária um tempo razoável para alguém não ficar com problemas de saúde e ter uma vida saudável. Não vou ficar me sentindo mal se eu não fizer mais que uma hora, mas vou achar que estou fazendo pouco se fizer menos de uma hora. Já a perda de peso depende da intensidade que eu coloco nesta uma hora. Quando mais força e velocidade, mais irei gastar no mesmo período. Vou aceitar isto como verdade e seguir em frente. O conhecimento é muito bom, mas temos que comparar com a informação que acumulamos antes e ver se se encaixa ou não ou se substitui a anterior por estar defasada.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O que Prometheus deveria ter sido

Prometheus, último filme de Ridley Scott, tinha a pretensão de ser um prequel de Alien o oitavo passageiro, ou seja, tinha a pretensão de mostrar os acontecimentos que aconteceram antes do primeiro filme. Alguns dizem que este pensamento está errado sendo que a nave Prometheus pousou em uma lua diferente do mostrada da Nostromo no Alien e que este novo filme se passaria no mesmo universo sem ter uma relação direta com a série original. Seria mais um universo expandido ao invés do prequel. Se partir deste pressuposto, muita coisa dita não bate com o original e erraram a mão mesmo assim.

Vamos relembrar. O que acontece no início de Alien? A nave cargueira Nostromo está fazendo uma viagem de volta trazendo minérios de um planeta distante e recebe uma mensagem de socorro ou de aviso. De acordo com o contrato dos mineradores, se eles receberem tal mensagem é obrigado a investigar, do contrário não receberão o salário. Eles descem na lua do chamado e encontram uma nave em forma de ferradura, entram e encontram o corpo de um alienígena gigante sentado numa cadeira de comando bem sinistra com o abdômen destruído, como se tivesse sido explodido de dentro pra fora. Descendo mais a fundo da nave, encontram os ovos daquele animal que pula e se agarra ao rosto do astronauta. Eles voltam à nave trazendo o bicho colado na cara dele e que dará início a gestação e o nascimento da criatura Alien.

Em Prometheus eles supõem que todo este encontro foi provocado e planejado pela companhia Weiland, que sabia de tudo, para que um dos funcionários fosse contaminado e eles trouxessem um alienígena vivo para a Terra. Detestei a nova idéia.

O que minha mente imaginava e o que o monstro da expectativa me fez esperar de Prometheus? Pra mim o encontro da Nostromo com a nave alienígena foi por acaso mesmo de acordo com a primeira versão. Quem tinha sido programado pra garantir a volta do alienígena foi o andróide que estava na nave. Ele sim tinha a programação de trazê-lo a qualquer custo. Mas pra mim eles não sabiam que existia tal bicho.

Outra idéia era sobre a nave encontrada. O que eu imaginava? Pra mim os aliens tinham um planeta natal em algum ponto da galáxia e que estavam em uma nave de exploração pelo espaço até que deu um problema e caíram por acaso neste planeta. Em seguida uma segunda espécie alienígena, aquele gigante que a equipe da Nostromo achou morto, encontrou a nave dos aliens e toda aquela rotina de procriação começou, com o gigante sendo contaminado pelos ovos do alien. Os gigantes teriam duas origens possíveis: ou eles eram habitantes deste planeta que teve o azar de ter uma visita desta nave infestada de aliens ou eles também seriam exploradores do espaço que tiveram o mesmo fim que os humanos da Nostromo. Sempre gostei da segunda alternativa. Ou seja, todo este imbróglio teria sido causado por uma nave expedicionária dos aliens, não era nem o planeta natal deles.

O que deveriam mostrar? A queda desta aeronave, mostrar como os alguns aliens sobreviveram e como teria sido o encontro desta raça de gigantes explorando os restos da nave que sofreu o acidente e encontrando ovos de procriação alienígena. Pra mim esta versão não teria humanos, claro, pois na minha versão os humanos só encontraram os aliens no primeiro filme. Mas na versão de Prometheus eles já tinham encontrado-os bem antes e este segundo encontro foi e sacanagem para com os mineiros. Na minha versão o universo seria bem maior. Além deste prequel, poderiam fazer um prequel do prequel mostrando mais sobre o planeta dos Aliens original. Como poderiam ter feito um puta filme ao invés deste ai.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Dieta Gracie

A minha mais recente tentativa de melhorar minha alimentação, a 124674º dieta é esta utilizada pela família de lutadores. Ao contrário dos outros tipos de dieta, ela não restringe a quantidade de alimento que você consome, mas sim sua combinação. Acho que pra mim ela funcionará melhor porque o que mais me atrapalha ao tentar perder peso é a restrição do volume. Não me importo em comer apenas algumas coisas, mas comer pouquinho e sair da mesa morrendo de fome não dá certo.

Depois de ler como funciona, percebi que a pessoa acaba perdendo peso mais por conta das restrições que a dieta impõe. É proibido comer doces, refrigerantes, carne de porco e bebidas alcoólicas. Acho que se a pessoa seguir apenas estas recomendações já perde peso naturalmente. Todos nós sabemos que é essa tralha toda que engorda. Mas a dieta é bem mais complicada que isto.

Farei um resumo bem por alto, os detalhes estão no livro do Rorion Gracie. Atenção, é apenas um resumo, não é a dieta completa.

Ele separa os alimentos em 4 grupos principais (tem mais 2 que não entrarei em detalhe).
1º grupo são o dos Legumes, verduras e carnes
2º grupo são os das massas, carboidratos, amidos e cereais.
3º grupo são os das frutas doces
4º grupo são os das frutas ácidas.

Basicamente podemos comer alimentos que estão no mesmo grupo. Se eu escolho o primeiro, só como legumes, verduras e carnes. Se escolho o terceiro, só como frutas doces. Posso misturar esses grupos com apenas um item do grupo 2. Mas não posso misturar o grupo 1 com o 3. Ou seja, escolho se como legumes ou frutas. E tem o grupo 4 que não se misturam com nada, nem entre si. Se você decidir comer abacaxi, pertencente ao grupo 4, pode comer um quilo da fruta se quiser, mas não pode misturar com mais nada.

De acordo com a explicação dele, alguns alimentos não funcionam corretamente no corpo humano causando acidez sanguínea gerando problemas de saúde às pessoas. O objetivo deles é a boa saúde. Claro que se seguir este roteiro, a perda de peso acontecerá de qualquer forma.

Além disto, ainda tem outras curiosidades que vão de encontro com outras dietas no mercado. É preciso escolher uma, pois elas não coexistem. Devemos tomar um copo de água ao acordar e antes de dormir. Depois de uma refeição só podemos nos alimentar 4 horas e meia depois para que o estomago se esvazie completamente, senão o alimento que você comeu antes se misturará com o outro da nova refeição. Isto vai e encontro com aquelas dicas que dizem que devemos fazer pequenos lanchinhos durante o dia. Rorion diz que se comermos toda hora o estomago ficará sempre trabalhando e gerando um excesso de acidez. Se for seguida a risca, uma pessoa deve comer umas 3 ou 4 vezes por dia, obedecendo à regra das 4,5 horas. Tenho tido bastantes problemas em adaptar a regra das 4,5 horas. Meus horários de alimentação não batem com minha rotina de trabalho. Fora que algumas combinações são muito esquisitas e de difícil aplicação. Uma banana cozida ou frita entra no grupo C. Mas se tiver crua entra no grupo F, ai a combinação de alimentos muda totalmente. Ainda estou penando pra identificar cada alimento. Outras combinações que são proibidas são de difícil aplicação. Um prato comum no meu dia a dia, onde consiste em arroz, feijão e batatas é totalmente proibido. Só posso comeu um de cada vez. Ou como arroz puro com vegetais ou feijão puro com carne ou batata com alguma outra coisa que não seja amido.

Na prática o que acontece? Diminuímos o carboidrato, pois só podemos comer um item do grupo B e Aumentamos o consumo de vegetais, legumes e frutas, dos grupos A e C respectivamente. Não é nada esotérico, é matemática simples. O difícil mesmo é seguir a nova rotina depois de décadas comendo errado.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O poder da má publicidade

Comprei um armário recentemente nas lojas Marabrás. Paguei a vista e recebi a entrega poucos dias depois, numa quinta feira. O montador viria depois e eu já esperava na semana seguinte, sexta-feira seria muito em cima da hora, dificilmente eles mandariam alguém tão rapidamente. Ele não veio, como esperado, mas pra mim estava tudo bem. Recebemos uma ligação onde agendamos a visita do montador uma semana depois e que precisaria estar alguém presente para recebê-lo. Sem problemas. Iria demorar, mas fazer o que? São coisas que a gente se acostuma numa metrópole.

Chegou o dia da montagem, meu pai ficou esperando a visita e ninguém veio. Ficamos decepcionados. Os livramos do armário antigo para abrir espaço para o novo e minhas coisas estavam todas amontoadas em caixas esperando o novo local de armazenamento. Todo dia tenho que desencaixotar minhas roupas para ir trabalhar, um desconforto momentâneo. Ligamos para a loja que alegou um problema qualquer dizendo que não pode ir à minha casa por causa disto e remarcou para a semana seguinte. Foi muito ruim, mas vamos fazer este esforço. Mais uma semana tendo este desconforto.

Chegou na semana seguinte e adivinha? Os caras não apareceram. Era umas 15h e meu pai ligou para a loja perguntando se eles viriam e disseram que nós ligamos cedo demais já que o horário de visita iria até 18h e estavam no prazo. Mentiram descaradamente para meu pai. Fiquei muito irritado com o desrespeito. Ao entrar no site vi que o prazo que dão para a montagem é de 10 dias a partir da entrega do material e já tinha 13 dias. Mandei um e-mail para o SAC deles pedindo explicações e uma visita do montador o mais rápido possível. Nem se deram o trabalho de responder.

Entendo que provavelmente um montador deve ser um trabalhador terceirizado, não funcionário da loja. Os trabalhos devem ser repassados a ele então teoricamente a empresa não teria controle sobre isto, mas deveria.

No 14ºdia meu pai foi até a loja e reclamou com a funcionária dizendo que o cara tinha marcado dois dias e não comparecido. Ela olhou no sistema e disse ter remarcado para o dia seguinte e que poderia ficar sossegado. Aliás, havia outro consumidor lá neste momento reclamando a mesma coisa, que não tinha ido ninguém montar o móvel dele. Beleza. No dia seguinte, o 15º dia da entrega, nossa paciência já tinha estourado. Não admitíamos mais erros por parte deles. As horas passavam e nada do cara aparecer. Quando chegou umas 16 horas, estava claro que ninguém iria aparecer. Enfureci-me e resolvi divulgar o mau serviço da empresa.

Mandei uma mensagem ao site do procom solicitando orientações aos procedimentos que poderíamos adotar. Mandei outra para um site do UOL de defesa do consumidor onde eles encaminham reclamações às empresas e divulgam o mau serviço. Em seguida escrevi duas mensagens mal criadas no twitter linkando o @lojasmarabras. Tentei colocar alguma mensagem na página da loja no Facebook, mas na hora não consegui e adiei minha tentativa. Esta foi minha primeira cartada, eu planejava mais ações. O SAC não adiantava, cheguei a mandar mais de 3 mensagens e não tive nenhuma resposta. Por telefone sempre remarcavam e não vinham.

Sai pra tomar um lanche e quando retornei ao computador já havia uma resposta do twitter deles pedindo nossos dados. Dez minutos depois uma funcionária ligou toda pianinho pedindo desculpas e se poderiam mandar um funcionário imediatamente para montar o armário Ele chegaria em meia hora. Concordamos. No horário marcado ele chegou e montou finalmente o móvel. A telefonista ligou informando que receberam a mensagem do Facebook. Errado, foi do twitter. Aparentemente existem dois tipos de atendimento ao consumidor na loja, o SAC normal e o das redes sociais. O sac das redes sociais, como é público, é mais equipado, mais preparado a lidar com problemas e tem prioridade na resolução dos mesmos.

Precisava realmente de tudo isso? Desde o início eu não queria problemas, gostaria de ter resolvido tudo via telefone ou SAC. Mas eles marcavam datas que não poderiam ser cumpridas gerando cada vez mais insatisfação com o consumidor. Do que adianta ter um bom produto e um bom vendedor se depois da venda não dão um bom atendimento. O treinamento parece ser feito pra receber o dinheiro. Depois de receber a grana, foda-se!

No dia seguinte o gerente nos ligou dizendo que a gente não precisava ter exposto a loja deste jeito, que o fez ficar mal com seu chefe. Disse que caso a gente tivesse conversado diretamente, o problema seria resolvido rapidamente. Agora é fácil dizer isto depois que a gente jogou a merda no ventilador. Antes, quando éramos educados ninguém dava bola para nossos problemas. Quando repassamos o problema para a loja, ai sim ficou ruim. Ele pediu encarecidamente para retirarmos o comentário, pois ele teria problemas por causa disto. Eu, a princípio, não queria tirar. Mas meu pai me convenceu. Não é bom causarmos o mal ao outros. Vamos fazer nossa parte, apagar qualquer mal entendido e livrar nosso carma. Vamos perdoar.