quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

O primeiro contato que tive com esta história foi através do filme norte americano de David Fincher que é excelente, adorei! Claro que surgiu a idéia de ler o livro. Como normalmente os livros são melhores do que os filmes baseados na literatura, então o livro teria que ser tão ou mais legal. Mas sempre tive uma resistência a ler obras que já tinha visto o filme. Ver o filme depois que leu o livro acho normal, pois sempre imaginamos as cenas que poderiam ser transportadas para as telas. Mas ver o filme e decidir ler o livro nunca me passou pela cabeça até este momento.

A história é bastante complexa e cheia de detalhes, então minha explicação geral sobre ela não afetará em nada a surpresa que alguém queira ter lendo ou vendo o filme. Um jornalista investigativo chamado Mikael Bomkvist é convidado por um milionário industrial para um serviço particular e extremamente bem remunerado. A sobrinha de Henrik Vanger, o patrono das empresas Vanger desapareceu há 36 anos. Desde então Henrik a procura com ajuda da polícia e de todo tipo de profissionais que o dinheiro pode pagar. Ele tem grandes caixas de material arquivado. Então ele tem um prazo de um ano para descobrir o que aconteceu com ela.

Ao mesmo tempo, o local onde aconteceu o desaparecimento é uma ilha onde a família Vanger reside que fica no norte da Suécia. Se a Suécia já é congelada, imagina o norte de lá! Mikael, por questões contratuais, é obrigado a residir em uma das casas da ilha para sua investigação e todos, inclusive membros da família, são suspeitos em ter dado um fim na menina. A partir daí Mikael começa a investigação, levantar provas e depoimentos, mas muita coisa já se perdeu no tempo. São 36 anos. Muita gente que estava presente na data do desaparecimento já morreu. E quase todas as idéias iniciais dele já foram cogitadas pela polícia na época. Nós como leitores nos imaginamos como ele conseguirá ter uma idéia original depois de 36 anos de pesquisa contínua. Henrik, já muito idoso, não quer morrer sem saber o que aconteceu naquele dia.

Mas a melhor personagem do livro é Lisbeth Salander. Se eu tiver uma filha algum dia quero dar o nome de Lisbeth. Ela, em algum momento, ajudará Mikael a desvendar o crime. Ela é uma jovem problemática, incapaz judicialmente e tem um tutor que é responsável por sua vida e integração social. Sua vida é cheia de problemas desde a infância, mas é extremamente inteligente. Ela tem uma memória fotográfica e um raciocínio fantástico. É um personagem cativante, quase uma anti-heroína. Li que o Stieg Larsson, o autor da obra, quando mais jovem testemunhou um estupro coletivo em uma mulher e na época não fez nada para ajudá-la, apenas observou. Ele nunca se perdoou e ao escrever este romance nomeou a personagem principal com o nome da mulher que foi estuprada naquele dia: Lisbeth.

Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas, como aquela do jogo Detetive em que os personagens e suspeitos são conhecidos e estão presos em uma casa. No livro eles estão fechados numa ilha e as possibilidades são limitadas àquele espaço. Basta ao investigador, e o leitor em conjunto, analisar todas as provas e tentar chegar ao culpado pelo crime.

Uma amiga do serviço disse que o filme sueco é bem melhor. Eu tive a oportunidade de assisti-lo e confesso que não achei nada demais. Na verdade gostei mais do filme norte americano, talvez pelo fato de ter visto ele primeiro. Mas fazendo uma análise entre os dois filmes, o norte-americano é mais fiel em minha opinião começando na escolha dos atores. A atriz Rooney Mara é a perfeita Lisbeth, que é bem magra, esquelética e faz uma interpretação bem anti-social do jeito que é descrito no livro. A sueca é mais voluptuosa. E o Mikael tinha que ser o Daniel 007 Craig mesmo. No livro ele é um cara mais velho, mas comedor. Ele traça pelo menos 3 mulheres durante a história. O ator sueco não agüenta nenhuma, tem cara que precisa do azulzinho. Aconselho o filme norte-americano.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Perseguição ao mago

Muita gente critica o Paulo Coelho dizendo que sua literatura é fraca, pobre e feita pra vender. Pra mim é opinião de quem se acha o super intelectual metido a besta ou que se acha pertencente a uma falsa elite. Tudo o que é popular cai no mesmo lugar, a crítica de que é pop sem conteúdo. Juntam-se a isto a apenas livros, mas músicas, filmes e qualquer outra forma de comunicação.

Vamos por partes. Os livros dele são sim mais fáceis, fato, o que não quer dizer que sejam menores. São escritos não numa linguagem muito difícil, fazendo com que boa parte dos leitores goste de lê-lo. Existem livros muito bons no mercado que são de difícil compreensão e acabam se tornando chatos. Não precisa ser baba, mas também não precisa ser uma tese de mestrado pra dizer que o livro é bom.

Uma constante em suas obras é ele dizer que mexe com magia e até na vida real se auto-intitular mago. Mago do que se ele não faz nada paranormal, certo? Errado. Ao ler seus livros vi que ele tem uma visão mais espiritual da vida como um todo, tudo o que faz ele dá certo valor místico como se o destino estivesse traçado, como se todas as suas ações fossem parte de sua jornada pessoal. Tem uma famosa frase que vinculam a ele: ”o universo conspirará para que você atinja seus objetivos”. Não acho que seja uma forma idiota de ver as coisas. Se uma pessoa quer alcançar algo, deve trabalhar para isto, ser otimista e ter perseverança. As coisas acabam dando certo se juntar todos esses fatores. Uns chamam de sorte, outros dizem que foi Deus que quis.

Aliás quem diz que Deus faz certo por linhas tortas e que uma folha não cai da árvore sem a permissão de Deus não pode criticar o Paulo Coelho por ser esotérico. São formas diferentes de ver o mundo, independente se você acredita nele ou não. Ai a gente já entra na questão religiosa da coisa. A crença pessoal não pode interferir na avaliação da leitura de uma obra, em minha opinião. Eu acredito no que acredito. Gosto de conhecer novas formas de pensar e posso ou não mudar a minha crença, mas não é por isso que estou lendo. Faz bem ler opiniões diferentes da nossa. Cabe a nós interpretar e decidir se aquela informação é válida ou não.

Não que ele não tenha escrito coisas boas. Os livros As Valkírias e Na Margem do Rio Piedra eu sentei e chorei são terríveis, péssimos mesmo. Não aconselho. Já outros são bons e acho que existe muito preconceito só porque ele faz sucesso no mundo todo.

sábado, 10 de agosto de 2013

Médicos em perigo

Li que o autor Frank G. Slaughter é médico e que se dedicou a escrever romances em um ambiente de hospital onde os médicos são os protagonistas de diversas histórias ao mesmo tempo em que exercem suas atividades profissionais. Eu não tinha grandes expectativas ao ler este livro. Peguei por acaso na minha estante e não sei como veio parar aqui em casa. Estava eu em um hiato entre dois livros e decidi pegar este pensando ser uma leitura mais leve e rápida antes de me aprofundar em outra mais complexa. Ele realmente é mais fácil de ler pela quantidade de diálogos em suas páginas. Em minha opinião, quanto mais diálogo, mais fácil de consumir uma obra. Mas a história em si eu pensei que seria um dramalhão de novela mexicana para coroas desquitadas, tipo livro de banca. Mas não é.

A história, superficialmente sem spoilers, é sobre o médico Mark Harrison, recém saído da faculdade que se demonstra muito competente e com um futuro promissor. Ele consegue um emprego dos sonhos próximo à praia e tem tudo o que pode desejar. Um emprego bom que paga bem, mulheres se derretendo por ele, um bom salário etc. O plot twist é quando por algumas razões descritas no livro ele acaba ficando viciado e dependente de narcóticos, drogas usadas no próprio hospital. A partir daí sua vida desmorona. Os amigos que ele estimava o abandonam. A mulher que amava dá um belo e doloroso chute na bunda. Tudo o que tinha se desfaz como por encanto. A ruína de um homem é mais dolorosa quando se tem tudo e em seguida não tem nada.

O autor apresentou um cenário interessante que eu nunca tinha parado para refletir que é o vício em remédios dos médicos. Se parar pra pensar é muito fácil para um médico ter acesso a estes medicamentos por estar no hospital e poder prescrever drogas pra qualquer um e ele ainda tem o conhecimento dos efeitos das drogas como ninguém. As chances de um médico se tornar viciado é muito superior às outras profissões e é o que o autor nos mostra através de sua experiência norte-americana. Ele apresenta alguns dados dos Estados Unidos bastante alarmantes, o que me fez imaginar de como será no Brasil. Se lá, controlado já é assim, já pensou na zona do nosso país como deve ser.

Outra coisa que o autor nos apresenta é de que devemos valorizar as coisas e as pessoas que realmente importam. Quando temos sucesso profissional e pessoal, a quantidade de gente interesseira aumenta e as possibilidades de ganhar mais dinheiro que você atualmente ganha também é convidativa. Não devemos nos render aos nossos ideais e o que realmente acreditamos. Somos seres humanos com personalidades únicas e devemos buscar nosso próprio destino. E daí que algo dá mais dinheiro se sou feliz ganhando menos, mas fazendo o que gosto? E daí que aquela piriguete é gostosa e está louca pra te dar se eu tenho uma mulher linda e que vale muito mais a pena a longo prazo? E daí que para crescer tenho que ir a um lugar feio se sou feliz em outro? São estas questões que ele põe na cabeça do personagem Mark e na nossa também como leitor.

O livro surpreende, pois no início não damos o menor valor e ele se demonstra mais do que um simples passa tempo literário. Ele coloca algumas questões que podemos passar no nosso dia a dia. Nota 3,5 no Skoob.

sábado, 3 de agosto de 2013

Calcinha

Hoje, durante uma prova que estava fazendo, me deparei com uma visão que muitos homens são atraídos: a calcinha da mulher aparecendo. Mas não era aquela coisa singela e pudica, uma falta de cuidado da vítima, mas sim uma coisa pensada e intencional. O problema é que a moça não era tão esguia e a calcinha era mais laceada e folgada, fazendo com que aquela coisa rosa ficasse enrolada acima da calça de um modo estranho e pouco sexy.

Era impossível não notar, parecia aqueles caras que colocam a cueca uns 10 centímetros acima da calça. Ela, no caso, tinha pelo menos uns 2 centímetros de calcinha aparecendo acima da cintura, meio enrolada. Engraçado, mas não atraente. O que ela estava querendo fazer? Parecia um resto de frauda pra fora. Ela aparentava ser uma pessoa mais desinibida sexualmente e disposta a conquistar os homens sendo mais agressiva, mas o tiro saiu pela culatra.

Virou moda agora aparecer a calcinha. Tem umas que usam quase uma asa delta na bunda forçando aquela cordinha lateral pra cima. É legal, mas ao mesmo tempo não é. Quando uma coisa desses fica muito forçada, perde o encanto de a gente descobrir o que ela não queria mostrar. Uma coisa é num momento de descuido a mulher se abaixar para pegar alguma coisa e um pedaço da calcinha aparecer e nós flagrarmos o momento. É uma vitória masculina que faz nossa imaginação ir à estratosfera. Dá vontade de querer descobrir e desbravar o território inexplorado e desconhecido.

Quando ela esfrega a calcinha na sua cara, é bom, mas ao mesmo tempo deixa de ter aquela excitação inicial. Para o homem, aquela é uma mulher mais fácil e de fácil digestão, mas o pote de ouro é aquela que não fica seminua na rua.