sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Aleph

Os caminhos de Paulo Coelho sempre estão empermeados de um clima esotérico onde os personagens sabem tudo dos mistérios entre o céu e a terra. Cada personagem seu tem sua própria história de vida, seus próprios objetivos e estão cursando seu caminho em busca da felicidade do espírito. Acho tudo muito legal, só acho que é demais. Uma coisa é levar Deus em consideração em sua vida. Outra, diferente, é falar de Deus a cada 5 segundos. Ninguém gosta de alguém super religioso. Respeito quem seja, só não venha buzinar na minha orelha. É o que eu penso da escrita do Paulo Coelho. A narrativa é boa, mas ele inclui tanta ladainha de bruxos que acaba estragando um pouco uma boa história.

Eu já tinha visto uma entrevista dele contando sobre este livro. Passa-se em 2002 e foi uma experiência do próprio autor teve na Rússia. Chegou a uma parte de sua vida que ele estava desanimado e sem objetivos, levando a vida sem aquela paixão inicial. O seu mestre, espécie de coach, o aconselhou a se comprometer em novos desafios e foi isto que fez. Além de marcar várias visitas em diversos países para promoção de seus livros, ele se comprometeu com editores russos a viajar na ferrovia transiberiana, a maior linha de trem do mundo que atravessa toda a Rússia, da Europa até o oceano Pacífico. Cá pra nós, é uma puta viagem que um dia eu gostaria de fazer. Deve ser sensacional atravessar o maior país do mundo em duas semanas, percorrendo todos seus 9.289 km.

Achei sensacional a experiência e me interessei em ler o livro para conhecer as aventuras que o mago teve. Imaginei as cidades que visitou, as pessoas que encontrou e fatos curiosos que poderiam ter acontecido. Mas a história toma uma direção totalmente diferente. Ele conhece uma mulher chamada Hilal que decide o acompanhar nesta viagem e que o autor diz conhecer de uma vida passada. Tem vários momentos do livro que é relatado quem ele foi na vida passada e como foi o encontro dos dois.

Depois de ler fico muito curioso de saber se tudo o que relatou realmente aconteceu ou foi pura invenção para dar um aspecto mais fantástico em sua história. Se eu fosse a uma palestra sua, com certeza perguntaria isto. Outra pergunta seria se a sua mulher não tem ciúmes dele ter passado uma boa parte da viagem com uma outra mulher que queria dar pra ele.

Além desta história principal, existem várias partes muito boas do livro e algumas frases de impacto para refletirmos melhor sobre nossas vidas. Podem chamá-lo de auto-ajuda, mas gosto de suas histórias. Dei uma nota 3 no skoob.

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