segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Circuito de Corridas Sesi – 4ºEtapa – São Paulo

Minha terceira corrida do ano e não estava programada. Resolvi corrê-la para incentivar meu irmão que está começando a participar de eventos como este, embora caminhando. Ele nos 5km e eu nos 10km. Já minha irmã foi vencida pela preguiça, pois esta atividade une as duas coisas que ela mais odeia: fazer exercícios e acordar cedo. Hoje, ainda mais, foi a mudança do horário de verão onde perdemos uma hora da noite de sono. Saindo de madrugada, à noite, apesar de fria, estava agradável. O trem, que eu temia atrasar, chegou rápido e a ida foi sem nenhum percalço. Apesar de minha prova só começar às 7h45, a do meu irmão começaria às 7h e eu queria chegar à largada para dar o apoio. Consegui encontrá-los faltando 15 minutos para a largada e lhe desejei boa prova.

Como é de praxe, teve o aquecimento pré-prova feito pelos organizadores, que consiste em preparar os músculos mais utilizados numa corrida. Em todas as provas que participei o roteiro foi mais ou menos igual. Mas a equipe contratada pela organização deve ter esquecido que correríamos 10km a seguir e fez um roteiro de aula de aeróbica. Tem alguns movimentos que eu até entendo dela pedir para o pessoal repetir como simular uma corrida parada levantando os joelhos e tal, mas ela passou quase meia hora pulando e pedindo para o pessoal repetir. Eu a segui até certo ponto até começar a suar, depois resolvi abandoná-la. Eu ia cansar antes de começar a prova. Se um gordinho estivesse participando da corrida para perder peso, nem precisava começar com esta pequena aula de academia que experimentamos. E ela dizia que estava acabando 10 minutos antes de realmente acabar.

Achei muito estranho ter duas largadas com uma diferença de 45 minutos cada. Será que teve muita inscrição e ficaria apertado? Em todas as provas que participei sempre se larga junto e em determinado ponto os corredores se separam para as suas respectivas distâncias. Então a avenida tinha uma separação, sendo um lado para os corredores e caminhantes que estivessem chegando e o outro lado par que estava largando nos 10k, o que estreitou muito e apertou os atletas que tiveram que trotar e caminhar em alguns momentos. Acho que meu tempo seria até um pouquinho melhor se não tivesse este congestionamento inicial. A Avenida Pacaembu sempre é interditada apenas de um lado, liberando o outro para o tráfego. Ao olhar para o lado percebi várias pessoas correndo na primeira faixa do outro lado e estranhei. Fiquei imaginando se eles interromperam uma faixa extra e me perguntei onde tinha esta sinalização. Mas acompanhando mais atentamente descobri, para meu assombro, que não tinha faixa extra nenhuma, eram loucos varridos que resolveram invadir a via trafegada apenas para correr mais rápido que os demais. É aquela velha pressa brasileira em que maus motoristas resolvem andar em acostamentos ou guiar em velocidades altíssimas se expondo ao perigo apenas para ganhar alguns minutos. Lamento que uma coisa dessas aconteça, pois pertenço à classe de corredores de rua e não quero que as pessoas pensem mal de nós por causa de gente irresponsável como esta. Depois acontece algum acidente e querem culpar e linchar os motoristas que não estavam descumprindo a lei coisa nenhuma.

O tempo estava perfeito para correr. Sem sol, com um ventinho frio para resfriar o corpo e nenhuma chuva. O dia, à tarde, fez um sol que castigou os demais, mas na hora da corrida ele nem apareceu. Provavelmente graças ao novo horário de verão, que tudo indica trará melhores condições de prova daqui por diante. Só é ruim para chegar às 7am.

Ao passar em baixo de uma via que dava acesso ao elevado, veio direto um cheiro de churrasco de frango nas minhas narinas, um terror para aqueles que estão querendo emagrecer. Sorte que estava bem alimentado e nem me perturbou (muito). Seguimos. À frente fizemos um contorno para subir no elevado e ao passar em cima do mesmo trecho novamente aquele cheiro de frango veio. Menos forte, mas veio. O que um cara estava fazendo comida tão cedo assim, às 8h! Só pra judiar dos pobres coitados. É tortura psicológica.

Em cima do elevado consegui manter a corrida no mesmo ritmo, sem forçar, o que já é um avanço pra mim que sempre me cansava neste trecho. Ao cruzar o km 5, metade da prova, olhei para meu relógio e marcava 28 minutos. Minha meta era fazer, no máximo, em 29 minutos para atingir um resultado final abaixo de 59 minutos. Estava bem e dentro do programado. Mas o cansaço começava a chegar e em certos momentos tive que dar uma caminhada para recuperar o fôlego. Nessas horas só pensava na chegada e do quanto estava desperdiçando de tempo. Eu teria que permanecer no mesmo ritmo da primeira metade se quisesse fazer um tempo melhor e essas constantes paradas me preocupavam. Mesmo assim prossegui. Ao voltar à Avenida Pacaembu, continuei no mesmo ritmo. Antigamente nesta parte eu mais andava que corria, mas hoje foi diferente.

Atingi um tempo final de 56:46, abaixando em quase 3 minutos o tempo anterior. Foi o que eu esperava, dentro o planejado. Feliz por mais uma conquista, mas ainda em busca de um tempo próximo há 50 minutos.

Outro ponto negativo foi a hora de retirar a mochila no guarda volumes. Uma desorganização completa. Já na chegada estranhei que as plaquinhas não estavam indicando a numeração do corredor, por exemplo, de 0 a 1.000, de 1.000 a 2.000. Mas achei que eles sabiam se organizar lá dentro. Quando fui retirar, vi o caos. Parecia a bolsa de valores com a galera gritando seus números para funcionários perdidos procurando sacolas lá dentro. Já imaginei o pior. Quando consegui a atenção de uma moça, ela rapidamente achou meus pertences, diferente do que acontecia com os outros.

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